Nesta segunda-feira (24), a Confederação Brasileira de Futebol (CBF) anunciou que Ednaldo Rodrigues foi reeleito presidente da instituição. O novo mandato vai de 2026 a 2030.

De acordo com a CBF, Ednaldo foi reeleito por unanimidade. A votação foi a maior da história, contando com todos os votos das 27 federações estaduais e dos 40 clubes das Séries A e B do Brasileirão, totalizando 141. 

No pleito, ele teria a concorrência do ex-atacante Ronaldo Fenômeno. Porém, o adversário desistiu da candidatura, e Ednaldo era o único postulante.

“Celebramos não apenas a confirmação do nosso trabalho pela reeleição, mas o triunfo da democracia, do diálogo, da liberdade e da autonomia das organizações esportivas. Ao longo dos últimos anos, enfrentamos muitos desafios. Sofremos todo tipo de preconceito e perseguições. Tentaram até um golpe. Resistimos e vencemos! Agradeço a Deus por tudo, à minha família pelo apoio incondicional e a todos que trabalham incansavelmente todos os dias para fortalecer e purificar o futebol brasileiro, em especial à FIFA, a CONMEBOL e a cada um de vocês, representantes de federações e clubes, pela confiança e parceria ao longo desses anos", disse o presidente, ao site oficial da CBF.

Ednaldo assumiu a confederação nacional em 2021, indicado pelo Conselho de Administração da entidade, substituindo Rogério Caboclo, afastado do cargo após acusações de assédio sexual e moral por uma colaboradora da CBF. O atual mandatário é o primeiro preto a presidir a CBF.

Em dezembro de 2023, o Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro retirou Ednaldo da presidência. A 21ª Vara de Direito Privado julgou a legalidade do Termo de Ajustamento de Conduta (TAC), celebrado entre a CBF e o Ministério Público do Rio de Janeiro (MPRJ), em março de 2022, que resultou na eleição de Ednaldo para presidente da entidade por um mandato de quatro anos.

Os desembargadores entenderam que o MPRJ não tinha legitimidade para interferir nos assuntos da CBF, por se tratar de uma entidade privada. Contudo, em janeiro de 2024, o ministro do Superior Tribunal Federal (STF) Gilmar Mendes concedeu uma liminar que suspendeu o afastamento, que foi totalmente revogado em janeiro deste ano, após um acordo entre a CBF e o STF.