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O próximo clube brasileiro que pode entrar no mundo das Sociedades Anônimas de Futebol (SAF) já tem nome, o Fluminense. O Tricolor das Laranjeiras vem ventilando a ideia de transformar o futebol da equipe em uma empresa. Um milhão de rumores começaram a circular com a possibilidade e o Fluminense resolveu fazer uma reunião para atualizar os torcedores sobre o processo.
Para começar, o vice-presidente do Flu, Matheus Montenegro, já declarou que ainda não há propostas pela SAF do Fluminense e que o objetivo da reunião não era aprovar nada, pelo menos não no momento. Muito se falou sobre o envolvimento do BTG Pactual com a futura SAF do clube mas, segundo o vice-presidente, o banco de investimento está agindo como um assessor financeiro, para avaliar as reais condições financeiras do clube e definir os parâmetros do negócio.
Como dito, a proposta, hoje, ainda não existe, mas o Fluminense espera “manter suas raízes” com o estádio da Laranjeiras e haveria o pagamento de royalties pelo uso da marca e remuneração pela utilização da sede. Esse valor pago seria para arcar com os custos existentes do clube social e esportes olímpicos.
Além disso, o investidor da SAF assumiria as dívidas do clube, melhoraria a infraestrutura do CT Carlos Castilho e de Xerém, faria investimentos recorrentes na aquisição de atletas e folha salarial, garantindo competitividade, além de capital de giro, assumindo o risco quanto ao momento de venda dos atletas.
Outro assunto muito debatido na mídia foi a garantia de que o atual presidente, Mário Bittencourt seria o CEO da SAF, o que montaria ele não controle do clube por tempo indeterminado. O rumor foi desmentido, afirmando que o novo investidor irá escolher o CEO, mas o vice-presidente debateu que a manutenção da diretoria seria importante em um período de transição.
A ideia inicial do Fluminense era fazer uma operação dividida, mas foi rapidamente descartada pelos riscos envolvidos. Depois, o Tricolor autorizou o BTG a montar uma operação com a venda de participação minoritária, mas a falta de interesse do mercado fez o clube virar para a opção de venda majoritária.
Uma vez recebida, a proposta pela SAF vai passar por uma série de trâmites legais e análises do Conselho Deliberativo do Fluminense antes que possa ser aprovada.