Na manhã desta quarta-feira (17), o Conselho Comunitário de Segurança de Niterói realizou uma reunião no auditório da Câmara de Dirigentes Lojistas de Niterói (CDL), reunindo autoridades das forças de segurança pública para apresentar ações recentes, estatísticas e discutir estratégias de combate à criminalidade na cidade. O encontro contou com a participação de representantes da Polícia Militar, Polícia Civil, Guarda Municipal, Operação Segurança Presente e do poder público municipal.

O comandante do 12º Batalhão da PM, coronel Leonardo Oliveira, abriu os trabalhos com um panorama das operações desenvolvidas na cidade. Segundo ele, o primeiro trimestre de 2025 já registrou um aumento na apreensão de armas em relação ao mesmo período de 2024, refletindo a eficácia das ações das forças integradas. “Mesmo com alguns indicadores em alta, as polícias têm atuado de forma eficiente. O cerco tático preventivo, as revistas em ônibus, a operação antifurto e outras iniciativas como a operação Rush e a operação Praia vêm trazendo resultados significativos”, destacou o coronel.

Ele também ressaltou a atuação conjunta com a Polícia Federal, como a recente operação no Morro do Holofote, e com a prefeitura, em especial no combate às motos barulhentas e infrações de trânsito. Outra novidade é a ronda universitária, criada para atender à demanda por segurança nos bairros de São Domingos, Centro e Boa Viagem, além da expansão da Patrulha do Idoso para Niterói, que já soma 815 atendimentos — mais que o dobro da realizada em Copacabana.

O secretário municipal de Segurança Pública, coronel Gilson Chagas, enfatizou o empenho da gestão municipal no enfrentamento de problemas como os chamados "rolezinhos", que têm tirado o sossego de moradores e comerciantes. “Já realizamos oito operações nesse sentido, com apoio da Guarda Civil e da SEOP. Outras cidades estão adotando esse modelo. Quem tem mãe idosa ou filho autista sabe como isso impacta”, afirmou.

Chagas também destacou a operação Asfixia, voltada ao combate a ferros-velhos clandestinos. “Esses locais são o coração da receptação de produtos roubados. Trabalhamos duro para reduzir o furto de hidrômetros, fios e cobre. Ver a letalidade violenta em queda mostra que estamos no caminho certo”, concluiu.

O tenente J. Carvalho, representante da Operação Segurança Presente, compartilhou sua experiência à frente da equipe em Niterói. Ele destacou a dedicação do comando local e o comprometimento diário com a segurança da população. “Estamos atentos dia e noite. Planejamos ações muitas vezes de madrugada para garantir efetividade”, comentou.

Celulares roubados: como recuperar?

O presidente do Conselho, Francis Leonardo, lembrou da importância do trabalho de recuperação de celulares roubados. “Quem teve o aparelho subtraído será chamado pela delegacia que conseguir recuperar”, afirmou. A doutora Mariana, da 81ª DP, reforçou a necessidade de bloquear o aparelho junto à operadora. “A devolução ocorre na área em que o celular é recuperado, não necessariamente onde foi furtado”, explicou.

Já Leonardo, inspetor da 77ª DP, esclareceu os desafios enfrentados na localização desses aparelhos. “Muitas vezes são levados à Uruguaiana ou desligados rapidamente. A localização nem sempre é precisa, e a pressa pode atrapalhar. Com calma, conseguimos recuperar com o apoio das operadoras”, disse. Ele alertou ainda que compradores de boa fé, ao adquirirem aparelhos em sites como a OLX, podem responder por receptação culposa, e que há casos em que a prisão é por crime doloso.