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Comerciantes dizem que eleições e Copa podem prejudicar as vendas
Comerciantes dizem que eleições e Copa podem prejudicar as vendas
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Por: Not found author Data da Publicação: 10 de outubro de 2022FacebookTwitterInstagram
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Fotos Íngrid Bianchini

De fato, 2022 é um ano atípico. As vendas na pós-pandemia com o 13º. Salário podem ser prejudicadas pelas eleições e a Copa do Mundo de futebol. Segundo comerciantes os consumidores ficam inseguros antes das eleições por não saberem o que os aguarda.

As vendedoras Antônia Silva e Monique Cosme, de uma loja de sapatos e assessórios em Icaraí, dizem que “as eleições geram insegurança e provocam queda nas vendas. Outra situação que pode diminuir o movimento é a Copa, pois durante os jogos geralmente o comércio fecha. Mas esperamos o melhor para este final de ano.”

Antônia Silva e Monique Cosme, loja de sapatos e assessórios em Icaraí,

Com a chegada do 13º salário a expectativa do comércio para as vendas de Natal tende a ser mais positiva em relação ao ano passado. Porém, muitos consumidores veem o benefício como um caminho para colocar as contas em dia.

“Infelizmente o 13º salário para o brasileiro é sempre para pagar as contas em atraso ou as que acumulamos no decorrer do ano. Essa é a minha meta”, afirmou o jovem Lucas Linhares, que é biomédico.

Mas, se por um lado, entrar em 2023 com as contas em dia é o sonho de muita gente, alguns comerciantes tem se preocupado com a concorrência das vendas na internet. Caso de Letícia Ornelas, sócia de uma loja de roupas infantis. “Estamos em campanha para o dia de Halloween (31 de outubro) e a Copa do Mundo para aquecer as vendas. Há também a expectativa para o Natal, porém não é mais como antes, devido a concorrência direta da internet. O cliente não vem tanto à loja física, prefere comprar de casa”.

Já Alessandra Cabral, dona de uma loja de roupas para adultos não tem do que reclamar. “Esse ano que foi desafiador, porém satisfatório”. Agora ela pretende estourar nas vendas, principalmente com os clientes recebendo o 13º salário. “As pessoas gostam de presentear, vamos dobrar do estoque para o mês de dezembro.”


Para a recepcionista Vitória Alonso este ano acertar as contas com o 13º. é prioridade. Assim, como Ana Cristina, pedagoga. “O país não está dando para nada. Este ano será sem presentes. O 13º que recebi no meio do ano não deu para pagar as dívidas”, relatou.

Entre enfeites e árvores de Natal, a empresária Rita Silveira, diz que temos que acreditar. “Há 23 anos estou neste ramo, com a tradicional produção de Natal, e aguardo ansiosa o movimento aumentar, nem tanto pelo 13º, acredito que a incerteza das eleições tem impactado o consumidor em comparação ao ano passado, a melhora pode iniciar a partir de novembro.”

Segundo o Ministério do Trabalho o pagamento do benefício é pode ser feito em duas parcelas: a primeira até o último dia de novembro e a segunda até o dia 20 de dezembro.

Em nota, a Fecomércio informou que ainda não tem dados da pesquisa para este final de ano. Já para a Câmara de Dirigentes e Lojistas de Niterói existe um otimismo com o Natal em 2022. “Com o 13. E o pagamento do auxílio emergencial, com certeza vai ter mais dinheiro circulando nesse final de ano e, consequentemente, um aumento significativo nas vendas." afirmou, Luiz Vieira, presidente da CDL – Niterói.

Contudo, o presidente do Sindicato dos Lojistas de Niterói Sindilojas (Sindilojas), Charbel Tauil ressalta que o setor vive mais um ano atípico porque ainda está se recuperando das restrições impostas pela pandemia.

“Nós tivemos um final de ano passado retraído, com a economia ainda bastante afetada pelas restrições, porém o cenário agora para este final de ano já é bem melhor”, avalia.

Foto Sindilojas

Para Tauil, apesar do impacto da Guerra da Ucrânia sobre alguns produtos e insumos, a expectativa, e mais do que isto, o desejo do empresariado é de que o comércio varejista na cidade consiga retomar os números de antes da pandemia, alcançando crescimento de até 12% nas vendas neste segundo semestre, em relação a janeiro a junho de 2022, como prevê a Associação Brasileira do Varejo (ABV). Além do impacto da segunda parcela do 13º salário no bolso dos trabalhadores, outros fatores contribuem para o otimismo do setor.

“Hoje temos uma baixa de inflação é até mesmo deflação. Medidas do governo federal como a redução nos preços dos combustíveis e nos impostos de mais e quatro mil produtos devem contribuir para aquecer as vendas neste final de ano”, explica o presidente do Sindilojas Niterói. Para ele, a Copa do Mundo, disputada em novembro e dezembro, também deve contribuir para aquecer o comércio.


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