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Brasil se prepara para observar Eclipse Anular do Sol em 14 de outubro
O Observatório Nacional transmitirá o fenômeno para todo o mundo em uma ação de integração entre diversas instituições brasileiras e em parceria internacional com o Time and Date.
Brasil se prepara para observar Eclipse Anular do Sol em 14 de outubro
Foto do autor Redação Redação
Por: Redação Data da Publicação: 29 de setembro de 2023FacebookTwitterInstagram
Reprodução

No dia 14 de outubro de 2023, os olhos do mundo estarão voltados para o céu para observar um deslumbrante espetáculo: o eclipse anular do sol. 

Este fenômeno astronômico ocorre quando a lua passa entre a Terra e o sol, cobrindo a maior parte do disco solar e deixando apenas um "anel de fogo" brilhante ao redor da borda. O fenômeno será visível do Brasil, com destaque para as regiões Norte e Nordeste.

O Observatório Nacional, unidade de pesquisa do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (ON/MCTI), transmitirá ao vivo todo o eclipse anular do Sol por meio de uma ação de integração entre diversas instituições brasileiras e em parceria internacional com o Time and Date, organização internacional que fornece serviços relacionados ao tempo, clima, fenômenos astronômicos e fusos horários. 

A ação visa principalmente a transmissão ao vivo do fenômeno a partir das 11h30 (Hora Legal de Brasília) através do link: https://www.youtube.com/watch?v=SoS0tV61z9Y 

 

Através da parceria com o Time and Date, o ON vai transmitir as imagens dos observatórios internacionais do eclipse anular enquanto o fenômeno estiver acontecendo na costa oeste dos EUA, América Central e depois Colômbia. 

Quando o eclipse estiver acontecendo no Brasil, o Observatório Nacional transmitirá o fenômeno para o Brasil e para o mundo. Para isso, os parceiros nacionais do ON estarão em diversos locais da faixa de anularidade captando imagens em tempo real.

Essa faixa de anularidade passa pelos estados Amazonas, Pará, Maranhão, Piauí, Ceará, Tocantins, Paraíba, Pernambuco e Rio Grande do Norte. As capitais estaduais Natal (Rio Grande do Norte) e João Pessoa (Paraíba) são as únicas que estão no caminho da anularidade. O eclipse será visto como parcial em todo o território nacional. Além da transmissão, os parceiros nacionais estão envolvidos com ações de divulgação locais. 

A anularidade, onde o Sol forma um “anel de fogo” ao redor da Lua, será visível nos Estados Unidos, México, Belize, Guatemala, Honduras, Nicarágua, Costa Rica, Panamá, Colômbia e Brasil. Em outras partes das Américas - do Alasca à Argentina - um eclipse parcial será visível.

O eclipse começará na parte da manhã do dia 14 de outubro e será primeiro observado na costa oeste dos Estados Unidos, no amanhecer, ou seja, o Sol estará ainda abaixo do horizonte. Com o passar das horas, o eclipse começa a ser visto nos outros países do continente americano, já mais alto no horizonte. 

O eclipse será visto por último no Brasil, durante o pôr do Sol. Assim, algumas regiões não poderão ver o eclipse até o final, pois este momento pode ocorrer quando o Sol já tiver se posto.

Para saber se o eclipse será visível na sua região, acesse: https://www.timeanddate.com/eclipse/solar/2023-october-14 . No site, é possível ver no mapa a trajetória do eclipse incluindo a faixa de anularidade e a região da parcialidade, ou seja, os locais onde o eclipse será apenas parcial.

O que é um Eclipse Anular do Sol?

Tanto no eclipse total quanto no anular a lua passa entre a Terra e o sol, bloqueando toda ou a maior parte da luz do sol em uma parte da superfície da Terra. 

A sombra mais escura, onde toda a luz solar é bloqueada, é chamada umbra. Em torno da umbra se define a sombra mais clara, a penumbra, onde a luz solar é parcialmente bloqueada e o eclipse é visto como parcial.

Esse tipo de eclipse ocorre quando a lua está em seu apogeu, o ponto mais distante de sua órbita da Terra, fazendo com que pareça menor do que o sol no céu.
A frequência com que os eclipses anulares do Sol ocorrem não é constante. O último eclipse anular do Sol ocorreu em junho de 2021, mas não foi visível do

Brasil. O Próximo eclipse deste tipo, após o de 14 de outubro, ocorrerá em 02 de outubro de 2024.

Como observar o eclipse em segurança

Ressalta-se que em hipótese alguma se deve olhar diretamente para o sol, nem mesmo com o uso de películas de raio-x, óculos escuros ou outro material caseiro. A exposição, mesmo de poucos segundos, danifica a retina de modo irreversível.

Existem duas formas de se observar o eclipse com segurança: direta ou indiretamente. A observação direta é aquela feita sem o uso de projeções, e pode ser feita com o uso de um instrumento especialmente adaptado para esse fim. 

Assim, o ideal é que se use filtros para a observação. Entretanto, também é importante o uso de filtros adequados e, mesmo assim, a observação não deve se estender por mais do que alguns segundos. A melhor opção é o filtro de soldador número 14 ou maior (ISO 12312-2).

É ainda mais importante ressaltar que observar o sol com algum instrumento óptico como binóculo ou telescópio só é permitido sob orientação de astrônomos experientes e que saberão os filtros corretos a serem utilizados. Portanto, não utilize nenhum instrumento para a observação que não tenha sido preparado por profissionais.

Já a observação indireta é aquela feita através de uma projeção, sem o auxílio de qualquer instrumento óptico. (Saiba mais em: https://eclipse.aas.org/eye-safety ).


Transmissão online do eclipse

Como mencionado, o Observatório Nacional transmitirá ao vivo e em tempo real todo o eclipse anular do Sol.

A transmissão ao vivo no YouTube para todo o mundo começará às 11h30, no Horário Legal de Brasília, e acompanhará o eclipse desde seu início na Costa Oeste dos Estados Unidos, passando pela sua chegada ao Brasil por volta das 15h, até o término do fenômeno, quando o Sol se puser no horizonte por volta das 18h (BRT).

A live também será transmitida para o Time And Date, que fará a retransmissão do eclipse visto do Brasil para todo o mundo.

Astrônomos amadores e profissionais se reunirão na “live” para transmitir o eclipse diretamente da faixa de anularidade. 

Além disso, conversarão com o público sobre astronomia, astrofísica, telescópios e obtenção de imagens astronômicas, como é feito tradicionalmente nas observações públicas presenciais. O público pode e deve interagir com os astrônomos, enviando perguntas e comentários através do chat da live no YouTube.
Link para a live no YouTube: https://www.youtube.com/watch?v=SoS0tV61z9Y 

As Coordenações Nacionais de Divulgação da Astronomia (NOC, na sigla em inglês), ligadas à União Astronômica Internacional (IAU), elaboraram uma cartilha aos países envolvidos no eclipse. 

O material contém explicações sobre o eclipse, informações sobre como civilizações antigas observavam o céu, incluindo fenômenos astronômicos como eclipses, e dicas para observar o eclipse em segurança. Uma das autoras do material é a astrônoma do ON, Dra. Josina Nascimento, membro do NOC Brasil. Acesse em: https://drive.google.com/file/d/1l72mkZbqcyCU4L1UbYWog8R--ZF_Xa6Y/view 


 

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