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Depois das prisões de vários governadores do RJ, não poderia se esperar por coisas diferentes dessas que ocorreram na disputa do próximo pleito eleitoral. Das cadeiradas no debate entre PREFEITÁVEIS da capital paulista e os assassinatos de candidatos a vereador de norte a sul do país, principalmente, na região metropolitana do Rio, vê-se que, a situação só tende a piorar. Com a aparição de um Pablo Marçal, de um Ramagem e da viúva de Jorge Picciani, não poderíamos esperar outra coisa.
A contaminação da política exercida por essa gente com métodos de rebaixamento do debate é fruto de suas incapacidades e falta de conhecimento político, fatos inaceitáveis na vida daqueles que querem enveredar pelos cargos eletivos. Pior ainda quando percebemos o retorno matreiro de um tal de Eduardo Cunha. Vaguinho, de Belford Roxo, até encaixou a mulher como Ministra de Estado no governo atual. Felizmente, não resistiu às pressões.
Longe de querer ser saudosista, mas, em Brasília, políticos das estirpes de Ulisses Guimarães, Thales Ramalho e Marco Maciel, não existem mais. Governadores do antigo Estado da Guanabara dos tamanhos de Carlos Lacerda e de Negrão de Lima, não se viu mais. E deputados talentosos que a Assembleia Legislativa do RJ detinha com as linhagens de um Claudio Moacyr e de um João Rodrigues de Oliveira, nem se fala. Está duro de conviver com essa classe política atual, onde poucos se salvam.
Isso, não se relembrando do que ocorre dentro dos partidos. Os comunistas Pedro Ernesto, Oscar Niemayer e João Saldanha, se vivos fossem, ficariam estarrecidos com o que fizeram com o Partido que eles admiravam e as peças que sobraram para conduzi-lo com outro nome. Nenhuma originalidade. E os chamados Partidos de Aluguel, dirigidos por figuras que acreditam que trata-se de "patrimônio pessoal". A "bola nunca é passada" para outro. Nossos maiores problemas não estão nos obstáculos do caminho, mas na escolha da direção errada.
A democracia vem sendo arranhada com essas figuras que nao têm compromisso com ela e os limites desses participantes do pleito que se aproxima deverão ter a data prevista para os seus fins ou, senão, através de convites, possam embarcar em algum partido de maior relevância já que esses também NÃO têm a estrutura democrática necessária.
Estamos há uma semana da próxima eleição. Em São Paulo, os debates viraram caso de polícia, muita violência, com Marçal protagonista dos casos que chegaram à delegacia. No Rio, Ramagem comunica que será o xerife da segurança, ou seja, a tarefa que é do Estado ele diz que assumirá como Prefeito. Como não vai se eleger, a promessa ficará para o vento levar. Em Niterói, o tamanho das abstenções anunciadas se verá apenas depois da contagem de votos.