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Com o presidente atual agindo com tentativas para enfrentar a crise de popularidade que atravessa e, pior, com tudo se agravando neste início do terceiro ano de governo, do terceiro mandato, é evidente a desconexão existente entre ele e o eleitorado que o colocou de volta ao poder em 2022. Por outro lado, o ex-presidente, por enquanto inelegível, luta para que não ocorra uma catástrofe na sua caminhada política, ou seja, prisão pelos indícios de liderar uma tentativa de golpe de Estado.
As duas personalidades, como estão inseridas na vida brasileira, deixam-nos numa situação em que o momento é de muita reflexão, pois, tanto o velho petista como o direitista não mostram o porquê de serem homenageados com o voto no pleito do próximo ano. Tanto um como o outro, na verdade, já cansaram nossa gente, impondo as presenças de suas mulheres, Janja e Michele, que não está dando para aguentar. Os dois figurões estão demorando para cair na real. Têm que separar vida pessoal com vida política.
Fora os dois, quem poderá atrair os votantes? Dentro do PT, LULA já cansado de guerra e seu Ministro da Fazenda, Fernando Haddad, são as velhas e cansadas opções. Já do lado da turma da direita, com essa situação em que estão Bolsonaro e seus próximos, presos, restam os governadores de São Paulo e de Goiás, Tarcísio Freitas e Ronaldo Caiado, que precisam de algo mais para empolgar a população. Aparentemente, é o que temos. Todavia, com o andar da carruagem, o Prefeito do Rio, Eduardo Paes, eleito pela quarta vez, caso queira, poderá ser a grande oportunidade que terá o povo brasileiro de sair desta mesmice e ter um Presidente da República com experiência administrativa e que não usa sua própria mulher para aparecer no cenário político.
No Rio, quando passamos por Sérgio Cabral e Pezão, pensava-se que a paciência dos fluminenses e cariocas teria um fim com a aparição de "novas cabeças". Eis que, tudo de ruim foi mantido. Elegeram, erradamente, um descontrolado ex-Juiz, com um vice que era apenas um suplente de vereador que cantava música gospel. Deu no que deu. Hoje, o governo do Rio é exercido com tanta gente desqualificada que não se sabe até onde chegaremos. E os representantes fluminenses no Senado Federal? Coisas lastimáveis: Romário e Flávio Bolsonaro. O terceiro nem se sabe se existe de fato. Alguém já ouviu falar de Carlos Portinho? Ninguém merece!
Já por aqui, em Niterói, a situação é a mesma de sempre, passamos por quase vinte anos com Jorge Roberto Silveira na Chefia do Executivo e, agora, com o prefeito atual, Rodrigo Neves, tudo deixa transparecer que ficará no mesmo tempo e com as "figurinhas carimbadas" da Câmara de Vereadores nas Secretarias. Nada diferente, quando não é Vereador comandando, é ex-vereador com o mesmo poder. É uma falta de bom senso administrativo sem limite. Tanto no Legislativo de Niterói, como na ALERJ, há muita dificuldade de mudanças, inclusive, por falta de interesse do próprio eleitorado. Sai Picciani e entra Bacelar, sai Bagueira e entra Cal. Todos das mesmas origens. Parece que os homens públicos de verdade não querem mais participar dessas aventuras e, assim, ficamos nessa de ter que bater palmas para "maluco dançar" ou para outras situações deprimentes. Ainda bem que desta feita surgiu um jovem advogado trazendo alguma expectativa positiva ao se eleger vereador: Michel Saad Neto.
O PRIMEIRO PASSO PARA SE REALIZAR UM OBJETIVO É TER A CONVICÇÃO DE QUE É POSSÍVEL ALCANÇÁ-LO, NÃO IMPORTANDO EM QUANTAS TENTATIVAS.