Artista pop e precursora em trazer acessibilidade para a música, a cantora, compositora e produtora musical Amanda Mittz é uma pessoa com deficiência visual e, desde que se empoderou disso, tornou essa sua bandeira. A artista está trazendo a experiência “Libras Dance” para o Solar de Botafogo, nos dias 4 e 5 de dezembro.

O projeto foi contemplado no edital Retomada da Funarte. Além da inédita e indispensável pesquisa colaborativa entre Amanda Mittz, uma performer surda, uma coreógrafa e dançarina, e uma intérprete de Libras ouvinte, o projeto contempla uma instalação artística inclusiva e sensorial.

Na experiência “Libras Dance”, os visitantes serão convidados a vestir coletes especialmente projetados que vibrarão em sincronia com a música, permitindo que eles sintam a batida e a energia das músicas de Amanda Mittz. Todos poderão experimentar esta tecnologia e fazer parte deste momento inédito, onde a tecnologia e a cultura se juntam na criação de soluções acessíveis, integrativas e inovadoras.

A data escolhida para a experiência, dias 4 e 5 de dezembro, no Solar de Botafogo, não foi escolhida em vão: em 1992, a Organização das Nações Unidas (ONU) proclamou o dia 3 de dezembro como o Dia Internacional das Pessoas com Deficiência. O objetivo da ONU é que todos os países membros comemorem a data, gerando conscientização, compromisso e ações que promovam os direitos das pessoas com deficiência.

Cada sessão deve durar em torno de 10 minutos e terá capacidade de oito pessoas por vez. A entrada para o evento é franca.

“A ideia de fazer essa pesquisa nasceu a partir da convivência com diferentes performers surdos com quem trabalhei nos meus shows. Meu desejo é que a comunidade surda tenha uma nova forma de vivenciar a música e que essa forma seja compartilhada com todas as pessoas. O acesso à música é um direito de todos.” Disse Amanda Mittz

O primeiro álbum autoral de Amanda, “Acesso”, lançado através do edital Natura Musical, ganha novos contornos com o lançamento do "Acesso Ao vivo", um audiovisual com novas técnicas de acessibilidade e o minidoc “O Acesso é Livre”.

Em 2022 fez uma turnê de onze shows pelo estado de São Paulo pelo edital "Proac Circulação". Já em 2023, faz sua estreia como atriz na novela “Todas as Flores”. Depois de lançar “Cuca Pirá”, Amanda divide o tempo entre estúdio, palco e trabalha no lançamento da pesquisa da “Libras Dance” .

O projeto “Libras Dance” é uma pesquisa colaborativa entre Amanda Mittz, uma artista com deficiência visual, uma performer surda, uma coreógrafa e dançarina, e uma intérprete de Libras ouvinte.

“Libras Dance” nasceu do desejo de Amanda em unir sua música (pop eletrônico com influências de house e anos 80), à beleza e expressividade da Língua Brasileira de Sinais.

Todos poderão experimentar esta tecnologia e fazer parte deste momento inédito, onde a tecnologia e a cultura se juntam na criação de soluções acessíveis, integrativas e inovadoras. O projeto oferecerá também fones de ouvido com áudio descrição integrada às músicas com uma mixagem binaural, tornando-a uma parte inseparável da experiência, não apenas um complemento.

As linguagens já usadas, que serão aprofundadas na pesquisa são: a música de Amanda com mixagem em 3D, libras aplicada com dança (libras dance), auto descrição e áudio descrição, projeções e iluminação em 3D, mochilas vibratórias para surdos e aromas que estimulam nossos sentidos.