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Bolsonaro,, que luta pela PEC da Anistia, quer retornar à Presidência em 2026
O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) não pode ficar muito empolgado com a vitória de Donald Trump, nos Estados Unidos. Apesar da vitória do republicano, que conquistou 277 delegados, ante os 224 de Kamala Harris, Bolsnaro segue, aqui no país, sua sina como inelegível.
Pelas redes sociais, ele se mostrou esperançoso, na expectativa de que o Brasil se "inspire" na vitória do norte-americano:
"Que a vitória de Trump inspire o Brasil a seguir o mesmo caminho. Que nossos compatriotas vejam neste exemplo a força para jamais se dobrarem, para erguerem-se com honra, seguindo o exemplo daqueles que nunca se deixam vencer pelas adversidades".
Passaporte
O passaporte de Bolsonaro está retido desde fevereiro, quando uma operação da Polícia Federal, a pedido do ministro Alexandre de Moraes, do STF (Supremo Tribunal Federal), confiscou o documento, no inquérito dos atos de 8 de janeiro de 2023.
Impedido de sair do Brasil, Jair Bolsonaro confidenciou à imprensa que espera, "em breve, dar um abraço nele" (Donald Trump).
A defesa do ex-presidente, entretanto, só deve ingressar novamente para reaver o passaporte se houver um convite para que ele acompanhe a posse de Trump.
Fortalecimento da direita
Para Bolsonaro, a eleição de Trump foi uma vitória "contra tudo e contra todos", de enfrentamento a um "processo eleitoral brutal em 2020". Segundo o ex-capitão, Trump - primeiro presidente condenado criminalmente a assumir o posto nos Estados Unidos - sofreu uma "infustificável perseguição judicial".
Condenações
Inelegível até 2030, Bolsonaro tem duas condenações pelo TSE (Tribunal Superior Eleitoral), mas segue com esperanças de concorrer em 2026. Trump serve como uma espécie de "espelho" para Jair: não conseguiu se reeleger, após um mandato de quatro anos e vê, em Trump, uma possibilidade de retornar ao poder, aqui no Brasil.
O ex-mandatário vem batendo muito na tecla de que ele é o candidato ideal da extrema-direita, para daqui a dois anos. Para isso, aposta na PEC (Projeto de Emenda Constitucional) da anistia. A matéria parou de tramitar, após um acordo estabelecido entre os presidentes da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL) e do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG). Lira ordenou que o projeto voltasse à estaca zero.