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Luto na música: morre o guitarrista Dino Rangel
Luto na música: morre o guitarrista Dino Rangel
Foto do autor A Tribuna A Tribuna
Por: A Tribuna Data da Publicação: 28 de fevereiro de 2019FacebookTwitterInstagram
Anderson Carvalho - O guitarrista, compositor e produtor musical Dino Rangel faleceu na noite de ontem, aos 54 anos, em casa, vítima de um infarto fulminante, segundo familiares. Deixou a viúva, a cantora Marta Nunes e um casal de filhos. Um dos maiores nomes do jazz em Niterói. Em 2010, foi eleito pela revista Heavy Metal Brasil como um dos 30 melhores guitarristas do país. Filho do jornalista Oriovaldo Rangel (já falecido) ele é sobrinho também do jornalista Eraldo Quintanilha. O nome de batismo era Osvaldino Rangel. Nasceu em Niterói em 06 de abril de 1964. De uma família sempre ligada à música, cresceu em uma casa cheia de instrumentos e desde cedo começou a dedilhar o violão. Seu interesse pela música andou lado a lado com seu gosto pelos mestres, de Jimi Hendrix a Hélio Delmiro, que despertaram no jovem artista um talento especial para a guitarra. Dino teve aulas com diversos professores, entre eles Ian Guest e Sérgio Benevenuto. Estudou em Nova Iorque, onde morou por dois anos, com guitarristas de expressão no jazz, como Mike Stern e John Abercrombie. De volta ao Brasil, em 1991, entrou para o grupo Brasilianas, com o qual fez diversos shows em território nacional, apresentando-se também na Europa. Participou de shows e gravações com Guinga, Léo Gandelman, Arthur Maia, Gilson Peranzzetta, Fred Martins, Marvio Ciribeli, Beth Bruno, Ednardo, Baby do Brasil, Ithamara Koorax, Marcel Powell, entre outros. Em 1998, o guitarrista estreou com seu disco solo, "Café", pelo Selo Niterói Discos, assinando metade das dez faixas. Em 2001, concorreu ao 4º prêmio Visa MPB instrumental, em São Paulo, formando quarteto com Márcio Bahia (bateria), Mazinho Ventura (baixo) e Marcos Nimrichter (piano). Em 2002, Dino participou do CD “Jazz from Brazil”, compilação do jornalista e produtor Arnaldo De Souteiro, novamente com a faixa “Antígua”, junto a Eumir Deodato, Cláudio Roditi e Ithamara Koorax, lançado no Japão, Europa e EUA, e indicado para o Grammy como melhor álbum Latin Jazz. Em 2006, foi selecionado em 2º lugar no edital da Niterói Discos, ao lado de Ronaldo do Bandolim, Rogério Souza e Luiz Alves, para gravar seu 2º CD solo, "Partiu...Voltar". Ainda nos anos 2000, Dino se apresentou com frequência no tradicional Bar São Dom Dom, no bairro de São Domingos, em Niterói, participando das segundas-feiras instrumentais daquele local. Durante nove anos, interpretou um repertório de Jazz e Bossa Nova, sempre ao lado de músicos como Mazinho Ventura, Arthur Maia e Chico Chagas. Para David Hapner, da Revista Guitar Player, "Dino Rangel fazia um jazz refinado, de bom gosto. Compositor de mão cheia, mistura suas influências de música popular brasileira para criar belas harmonias e melodias. Os improvisos demonstram sua técnica e feeling". O horário e o local do velório e do enterro ainda não foram divulgados.

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