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Lavagem da Sapucaí é marcada pela diversidade religiosa
Lavagem da Sapucaí é marcada pela diversidade religiosa
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Por: Not found author Data da Publicação: 10 de abril de 2022FacebookTwitterInstagram

A tradicional lavagem da Sapucaí abriu o ensaio técnico da Unidos da Viradouro na noite deste domingo (8). O evento fez os foliões e componentes das escolas manifestarem sua fé. Foram várias representações religiosas, seja de matriz africana ou católicas.

A lavagem começou com o sistema de som da Sapucaí tocando "Nossa Senhora", de Roberto Carlos. Na sequência, nas vozes dos cantores Serginho Piciani e Flávia Saoli, a música "Coisa de Pele" e "A voz do Morro" foram performadas, também ao som dos cavaquinhos e muito batuque.

A cerimônia seguiu com o Centro Espírito Vovó Carolina, que formou uma roda com muito batuque para as representações de Exu e Iemanjá. Na sequência, o intérprete da Beija Flor de Nilópolis, Marcelo Guimarães cantou o hino de São Sebastião, padroeiro da cidade do Rio de Janeiro. A imagem do santo, que representa Oxóssi nas religiões de matriz africana, foi levada por um carro na avenida do samba.

Imagem de São Sebastião sendo transportada na avenida do samba - André Freitas

Componentes de baterias de 20 agremiações seguiram as orientações do Mestre Casagrande, da Unidos da Tijuca, na hino para São Sebastião.

Em seguida, o padre Antônio, da Arquidiocese do Rio de Janeiro, pediu um minuto de silêncio pelos mortos da Covid-19. Depois, o padre chamou todos os foliões e os componentes, para orar o Pai Nosso.

Antes da entrada das baianas de todas as agremiações para realizar a lavagem, o comentarista Milton Cunha foi chamado ao palco para saudar as componentes.

"Aqui estamos, meus amados. Matando as saudades da Sapucaí, que sempre fez a cidade do Rio de Janeiro, a capital mundial da alegria. Chegou o dia, a hora é essa de pedir a benção das nossas mães baianas. Nossas tias protetoras, rezadeiras, curandeiras, curadoras. Mães baianas, condutoras dos destinos da sagrada família do samba", gritou para o Sambódromo.

Bandeirão da Porto da Pedra marcando a presença da agremiação de São Gonçalo na Sapucaí - André Freitas

O samba-enredo da Vila Isabel de 1988, "Kizomba, Festa da Raça" foi entoado na voz de Mart'nália e o cotejo se iniciou na Marquês de Sapucaí. Acompanhado das velhas guardas das Escolas de Samba, assim como dos projetos infantis das agremiações.

Foto: Representação de Exu - André Freitas

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