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Jourdan Amóra: Os caminhos da construção da vida (XXIV)
Jourdan Amóra: Os caminhos da construção da vida (XXIV)
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Por: A Tribuna Data da Publicação: 13 de agosto de 2022FacebookTwitterInstagram

Em Araçuaí, foi marcante as presenças dos irmãos Tanure (Antonio e José), oriundos de Zahle, bela cidade libanesa. Eram possíveis afáveis e comunicativas, que gostavam de receber não apenas a família como os amigos. Lá, o sábado era dia de compras e confraternização no mercado, entre a gente da cidade e do interior. Algo indescritível de amor coletivo mantendo a harmonia entre pessoas diferentes em origens e condição social.

As charretes ou os mulos levavam as compras para o abastecimento preventivo nas casas, enquanto os fregueses saiam em grupos de animados papos, sempre acompanhados de convite para prosseguir a alegria convivência “lá em casa”

No varandão do casarão do Antonio Zaiter, uma extensa mesa de 15 metros de comprimento e pares de extensos bancos de madeira agregavam os convidados, com as crianças, livres do protocolo social e agraciadas com guloseimas, inclusive chicletes, enquanto os “brimos” mais velhos abriam a sessão com uma boa dose de “pinga”, acompanhada de iguarias árabes, notadamente quibes, esfihas e pepinos ao óleo. Não faltava a pimenta, o “feijão inteiro” (“tropeiro”) com torresmo, ovos, farinha e, para mim, a detestável cebola.

As cozinhas, escondidas ao lado contavam com fogões à lenha e apoiadas por um pilão (moedor de grãos) no lado externo.

Árvores frutíferas, pomares e jardins ladeavam as grandes casas e contavam com extensão mangal para pasto e “estacionamento” dos cavalos e mulas dos visitantes ou o apoio logístico de dependências para guarda de arreios, com ferraduras adicionais, selas, cordas, rédeas. e rações suplementares.

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