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O avanço ordenado do Vale do Jequitinhonha, a partir de Araçuaí, elevada à condição imaginária de capital do noroeste mineiro, teve como destaques a chegada dos jovens turcos, como eram denominados os sírios, libaneses, jordanenses e outros desembarcados com passaportes da Turquia, facilitados pela ação do Dom Pedro II após sua visita ao Oriente Médio em 1884 e pelo início de operação (1891) da Estrada de Ferro Bahia-Minas.,
De origem portuguesa, mas brasileiro de nascimento, D. Pedro II, de grande vivência europeia, Pedro II ficara fascinado Pedro pela cultura dominante no Oriente Médio e pela cordialidade dos árabes. Encontrou motivos para estimular a migração visando a povoação das extensas terras brasileiras.
Anteriormente em, com o Marques de Pombal havia trazido340 famílias, incluídos alguns escravos, da cidade Marzagão, norte da África para o antigo Grão-Pará. Criou, por volta de 1770, a cidade de Marzagão, povoação arrasada por uma epidemia, gerando o surgimento da atual Nova Marzagão, atual estado do Pará.
Dos que vieram para o Brasil desembarcando no Porto de Santos (SP) 65% eram cristãos maronitas e católicos melquitas; 2% ortodoxos orientais e 15% muçulmanos (xiitas, sunitas e drusos).
No Vale do Jequitinhonha voltaram-se para o comércio. Primeiro como mascates, (caixeiros viajantes) que no início batiam de porta aportas ou percorriam cidades mais próximas montados em equinos com cestos laterais levando as mercadorias que faziam falta ao povo da roça e de pequenas vilas. Alguns se estabeleceram com armarinhos. Bazares eram atrações. Muitos evoluíram para a lavra (mineração), negociação de minérios ou a formação de fazendas em grandes áreas, sempre com as sedes à beira dos rios Jequitinhonha, Araçuaí, Piauí, Calhauzinho, etc.