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Tal a injustiça histórica cometida contra talvez o mais dinâmico e criativo jornalista militante no Estado do Rio senti o dever de dar nova cor aos relatos que vimos apresentando agora devolvendo ao seu lugar histórico a figura mineira de Ephrem Wellington de Barros Amóra falecido, vitimado por um câncer em 2002, quando negaram-lhe até o registro de um obituário no órgão adquiriu grandeza sob sua direção e teve até o seu nome omitido na relação dos personagens que emprestam seus nomes a ruas de Niterói.
Ephrem pretendia manter-se sócio de empresa fornecedora de material médico-hospitalar. Chamado a dirigir um jornal de seis páginas e composto em linotipo, ainda nesta fase promoveu uma revolução editorial contratando competentes jornalistas como o miracemense Oriovaldo Alves Rangel, selecionador de outros valores para aplicar na prática as suas ideais. Confiava na capacidade empresarial de Ephrem.
Homem também dedicado ao turismo editava cadernos especiais e realizou a inesquecível Expo 69 a maior feira comercial não superada em grandeza e organização, mesmo passados 19 anos da sua despedida, aos 64 anos de idade. Promoveu as mais variadas competições, transformou a antiga Rádio Difusora Fluminense numa renovadora e potente emissora, idealizou e comandou as festas pelo IV Centenário de Niterói (1973), expandiu o jornal para o interior dando personalidade ao jornalismo fluminense ameaçado de ser sufocado pela pujante imprensa da ex-capital federal. Soube projetar valores da política, indicar caminhos a governantes e influir na melhoria da ação dos parlamentares. Fez o jornal niteroiense atravessar a Baia de Guanabara e deu-lhe respeitabilidade histórica e nacional
Era uma voz forte no Estado do Rio. (Continua)