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É uma insensatez dos governantes fechar os olhos para a questão da população de rua, quando o Poder Público gasta milhões para comprar um prédio como o do Cinema e deixar outros grandes espaços abandonados e se deteriorando, como os dois prédios do Palacete da Rua Marechal Deodoro, antes usado para abrigar secretarias de Estado; ou como o edifício do Iaserj (seis andares). Eles deveriam ter uma destinação social ou até mesmo serem alugados, como ocorreu com o terceiro prédio daquele antigo Palacete, hoje ocupado por uma agência bancária.
Não enfrentar o problema da população de rua é não cuidar da saúde pública. Esta população abandonada está ou ficará com graves doenças, ante a exposição nas ruas que, por outro lado, acabam usando para satisfazer suas necessidades fisiológicas. Ali dormem com papelões, trapos e seus fiéis cães de guarda, hospedeiros de micróbios e fungos.
Também é absurdo sabermos que numa festa comemorativa pelo Dia da Raça Negra, a Secretaria Municipal de Assistência Social de Niterói gastou uma fortuna, inclusive R$ 478 mil para armação de barracas e lonas na Praça de São Domingos, onde houve show e distribuição de feijoada, esta não tendo como alvo principal os famintos, mas a atração de eleitores.
Uma política social pode se iniciar por etapas e uma delas é o cuidado com a higienização, como a implantação de banheiros públicos em todas as praças. Eles atenderiam a toda população e são indispensáveis aos que não tem casa para morar e até mesmo par os bares e restaurantes que se queixam de invasões de não fregueses e, muitos geram problemas diante da possibilidade de uma fiscalização sanitária.
Por medida de segurança as políticas municipais deveriam estabelecer um toque de recolher noturno, obrigando a quem está abandonado na rua a buscar um tipo de hospedaria municipal para os indigentes, onde seriam inscritos os que se apresentassem para exames prévios de saúde.
*Republicado de 17 de janeiro de 2019