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Na última semana, dados preliminares, divulgados pela Operação Segurança Presente, atentaram a queda nos índices de criminalidade na Região Oceânica de Niterói. A reportagem de A TRIBUNA conversou com diversas lideranças comunitárias da localidade que confirmaram: a sensação de segurança está maior.
A Praia de Itacoatiara é uma das mais procuradas durante os finais de semana de verão. De acordo com Luiz Otávio Ferreira, presidente da associação dos moradores de Itacoatiara (Soami), não tem acontecido registros de grandes problemas. Entre os pontos positivos, ele destaca a presença de um Destacamento de Policiamento Ostensivo (DPO) da PM, na entrada do bairro.
"Melhorar tem que melhorar sempre. Temos sempre que procurar a perfeição. Realmente não temos tido grandes problemas. Dentro de Itacoatiara há um DPO na porta, o que inibe bastante os criminosos. Nos últimos meses não houve fato relevante de assalto", explicou.
Luiz Otávio recordou que o único problema registrado aconteceu no mês de janeiro, quando, em um domingo, houve um tumulto e briga generalizada na areia da praia. Contudo, ele ponderou que o caso não teve maiores consequências. No que diz respeito a crimes, como roubos e furtos, o presidente da Soami afirma que casos do tipo são raros.
"Quando o tempo é bom tem uma fluência maior na praia, onde pode ir todo mundo. Há pouco tempo houve uma confusão, mas não foi nada serio. Cerca de 40 segundos de empurra-empurra e acabou tudo bem. Realmente, os indicadores de criminalidade estão baixos", completou.
Camboinhas
Em Camboinhas, Mario Rocha, que é vice-presidente da associação de moradores da região (Soprecam), citou a intensificação das rondas feitas pela polícia como essenciais para que a região tenha maior sensação de segurança. Além disso, ele destacou o apoio da Guarda Municipal nas ações.
"A gente pode dividir isso em duas parcelas. A primeira é que a PM tem estado muito mais p0resente com rondas e visibilidade nessepoliciamento ostensivo e destacamos também a Guarda Municipal, que vem colocando bases em Camboinhase a presença dela ajuda na segurança. Obvio que temos problemas graves nos dias mais quentes e a presença dessas forças se faz necessária", afirmou.
Além disso, Mario cita a participação da própria Soprecam por meio do monitoramento da região, cujas imagens são compartilhadas com a Polícia Militar. "A Soprecam tem o monitoramento de todo o bairro e que jáesta disponibilizado para a PM. Quandoexiste qualquerocorrência, atuamos no sentido de ir ao local, acionar a Guarda Municipal, a Polícia e o DPO na entrada do nosso bairro", concluiu,
Engenho do Mato
Nos últimos meses, o bairro do Engenho do Mato tem aparecido no noticiário principalmente devido aos incidentes envolvendo operadoras de telefonia, como o atentado a uma central da Leste Telecom. Contudo, ao que parece esses casos são isolados. Simone Siqueira é liderança comunitária da região e gestora do Parque Rural de Niterói. Na percepção dela, os relatos de crimes na localidade diminuíram.
"Falando de um todo, não só do Engenho do Mato. Sou administradora de um grupo e vejo por meio das postagens. Realmente diminuiu bastante a criminalidade e violência, em todos os sentidos. Furtos, roubos de carro, diminuíram bastantes e isso está sendo notado. Isso também é devido à atenção maior dada a essa região. Você vê carros de polícia parados todos os dias. Estamos vendo o policiamento ostensivo", destacou.
Indicadores
Segundo os dados preliminares, a Região Oceânica registrou, no primeiro mês do ano, duas ocorrências de roubo de veículos, contra quatro no mesmo período, em 2021. No que diz respeito a roubos de rua, foram seis registros ante dez no ano passado. Roubos de carga não tiveram nenhum registro.
Além disso, foram registrados dois casos de letalidade violenta. De acordo com o major Abrahão Clímaco, coordenador do Segurança Presente, os casos foram fora da área de atuação do projeto. No entanto, ele frisa que, em casos de urgência, envia equipes quando há necessidade, mesmo fora da área de abrangência.