Raquel Morais -
Dados do Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil) e da Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL) apontaram uma queda de 5,53% no número de inadimplentes do Brasil. A Câmara de Dirigentes Lojistas de Niterói (CDL-Niterói), no Centro, apontou que na cidade aumentou em 31,92% as inclusões nas restrições. Já a queda desses endividamentos apresentou apenas 0,06%.
O vice-presidente da CDL-Niterói, Luis Vieira, explicou que devido a situação econômica o crédito seja mais repensado. A realidade é a dificuldade de pagamento. E com isso adquire menos crédito e corre menos risco. Quem pegou crédito e foi para o mercado está inadimplente, muitas vezes até mesmo contra a própria vontade, como é o caso dos servidores do Estado, que não recebem, apontou.
Segundo informe oficial 59,4 milhões de brasileiros, pessoas físicas, estavam com o nome negativado ao final de julho. O número representa 39,3% da população com idade entre 18 e 95 anos. Em junho, a estimativa apontava a marca de 59,8 milhões de inadimplentes. Assumindo que a economia e o consumo irão se recuperar de forma lenta e gradual, a estimativa deve permanecer ainda oscilando em torno dos 59 milhões de negativados ao longo dos próximos meses, sem mostrar um avanço expressivo, afirmou Honório Pinheiro, presidente da CNDL.
As pessoas entre 30 e 39 anos são as que mais têm nome "sujo", e entre 40 e 49 anos representam 47,55 % e 46,10 entre 25 a 29 anos.
O produtor cultural Diogo José, de 27 anos, apesar da idade não faz parte dessa estatística. Ele esteve na manhã de ontem na Câmara de Dirigentes Lojistas de Niterói (CDL-Niterói), no Centro, para fazer a consulta gratuita na entidade. Está tudo certo com meu nome. Tenho receio de ficar devendo e nunca estive com nome sujo no mercado. Sou organizado com minhas finanças e assim consigo ficar mais tranquilo", comentou o niteroiense.