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O economista Adriano Pires foi indicado oficialmente à presidência da Petrobras pelo governo Federal. Houve um encontro com o presidente da República ontem (27), em reunião que não foi divulgada, mas confirmada por assessores de Bolsonaro. Pires é natural de Niterói, e se graduou em Economia, em 1980, pela Universidade Federal Fluminense (UFF).
Hoje (28), o governo decidiu demitir o general Joaquim Silva e Luna do comando da estatal petrolífera, que ficou menos de um ano no cargo. Dessa forma, Adriano Pires deve ser oficializado no próximo dia 13, quando ocorre a reunião de acionistas, que vai referendar as novas indicações para o Conselho de Administração da Petrobras.
Adriano Pires assumirá o posto de CEO. Ao mesmo tempo, o presidente do Flamengo, Rodolfo Landim, foi indicado ao cargo de presidente de board da estatal, vaga que deverá assumir.
O motivo da troca no comando da Petrobras foi o novo aumento do preço dos combustíveis, de 18% na gasolina, e 25% no diesel. O timing do comunicado, antes da Câmara dos Deputados votar um projeto que trata do assunto, irritou o presidente Bolsonaro, que optou pela demissão de Silva e Luna.
Pires ganhou a simpatia do presidente por defender publicamente que a oscilação dos preços do petróleo não chegue ao consumidor final. Para isso, ele defende a criação de fundos e o subsídio ao transporte urbano, o botijão de gás e os caminhoneiros. Além disso, o indicado para a presidência é a favor da manutenção da atual política de preços da estatal.
No entanto, as posições de Adriano Pires podem provocar possíveis impasses com Paulo Guedes, Ministro da Economia. A solução de Pires vai contra a posição do ministro. Além do mais, o presidente da Petrobras não tem o poder de criar fundos ou mudar impostos, como defendido por Pires.
Além da graduação em Economia na UFF, Adriano José Pires Rodrigues tem Doutorado em Economia Industrial pela Universidade de Paris XIII e Mestrado em Planejamento Energético. É diretor-fundador do Centro Brasileiro de Infraestrutura (CBIE), coordenando projetos e estudos para a indústria de gás natural, a política nacional de combustíveis, o mercado de derivados de petróleo e gás natural.
Foi Professor Adjunto do Programa de Planejamento Energético da COPPE/UFRJ, exercendo as funções de pesquisador e consultor junto a empresas e entidades internacionais.
Atuou como Assessor do Diretor-Geral da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis, além de ter exercido os cargos de Superintendente de Abastecimento, de Importação e Exportação de Petróleo, seus Derivados e Gás Natural.