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Hospitais particulares estão preparados para atender infectados do coronavírus
Hospitais particulares estão preparados para atender infectados do coronavírus
Foto do autor Redação Redação
Por: Redação Data da Publicação: 14 de março de 2020FacebookTwitterInstagram

Após anúncio dos três primeiros casos de transmissão local do coronavírus no Rio de Janeiro o número de casos suspeitos nos municípios da Região Metropolitana do Rio aumentaram vertiginosamente. A possibilidade de um surto da doença está mudando o comportamento das pessoas e o funcionamento das cidades. Escolas poderão antecipar as férias, palestras e conferências estão sendo adiadas e novas diretrizes para viagens e a convivência comum já estão ganhando novos formatos. Quem trabalha na área da saúde também deve redobrar a atenção já que estão mais expostos à contaminação. O Sindicato dos Hospitais Clínicas e Casas de Saúde de Niterói (Sindhleste) recomendou aos hospitais associados, que sigam as normas e protocolos apontados pela Organização Mundial da Saúde (OMS) e pelo Ministério da Saúde.

A Secretaria de Estado de Saúde do Rio de Janeiro (SES) confirmou três casos de transmissão local do coronavírus. Isso significa que os pacientes infectados, um homem de 72 anos, sua esposa de 68 anos e outro paciente não identificado, foram contaminados dentro do país. Essa transmissão local exige a mudança nos protocolos de segurança e o Estado saiu do nível zero e está no nível 1 do Plano de Contingência e ao todo são 16 casos da doença: 14 no Rio do Janeiro, um em Niterói e outro em Barra Mansa.

Uma enfermeira que não quis se identificar contou que trabalha em dois hospitais particulares de Niterói e que teme uma contaminação. "Nós trabalhamos com saúde e na verdade somos expostos o tempo todo a qualquer tipo de contaminação. Nós sabemos e nos cuidamos mas no caso do coronavirus tem um agravante que é o alto poder de contaminação e nós não temos equipamentos de proteção para um atendimento seguro. No exterior estamos vendo as roupas que os profissionais da saúde usam e aqui no máximo uma luva e uma máscara. Preciso dos meus empregos e sinto que estou me arriscando todos os dias", desabafou.

O Sindhleste frisou que não é uma unidade operadora de saúde e sim um sindicato que possui os hospitais afiliados. Ainda de acordo com a nota cada hospital, em sua gestão, segue as normativas da ONS e do Ministério da Saúde. E cada um dos estabelecimentos possui a devida autonomia para as boas práticas do setor. Por exemplo, o Complexo Hospitalar de Niterói (CHN), um dos hospitais referências na cidade, informou em nota, que segue todos os protocolos do Ministério da Saúde. Dessa forma, já na triagem do serviço de emergência, os pacientes que apresentam sintomas clínicos da doença e com história de viagem recente aos países com maior incidência da doença são imediatamente direcionados para uma área isolada onde acontece o atendimento. Nesses casos suspeitos amostras são colhidas para investigação diagnóstica – que leva 48h para liberação dos resultados. Paralelamente, os pacientes sem gravidade recebem alta hospitalar para realizarem isolamento domiciliar, com monitoramento. Em caso de indicação clínica o paciente poderá ficar internado em isolamento hospitalar para tratamento e espera dos resultados.

REDE MUNICIPAL DE SAÚDE

O município de Niterói também está seguindo o protocolo do Ministério da Saúde. De acordo com a Prefeitura de Niterói os profissionais da saúde estão sendo capacitados. A Prefeitura monitora todos os casos suspeitos do novo coronavírus (vírus SARS-CoV-2) junto à Secretaria de Estado de Saúde (SES) e a cidade possui um plano de contingência para a doença pelo coronavírus 2019 (COVID-19). Desde o aparecimento dos casos na China, o município antecipou-se e criou um grupo de resposta rápida para assuntos relacionados à doença, com objetivo de garantir todos os cuidados e assistência necessária para os casos que possam surgir. Nos casos suspeitos, a equipe de resposta rápida orienta e acompanha o paciente, faz o monitoramento da família e de todos que tiveram contato, colhe amostras e envia para o laboratório estadual referência para o diagnóstico ou descarte da doença. Caso o diagnóstico seja confirmado, a FMS acompanha o tratamento e o isolamento do paciente e monitora todos que tiveram contato com ele.

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