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Conhecido no meio jornalístico como Leão, o apresentador Gilberto Barros foi condenado pelo Tribunal de Justiça de São Paulo (TJ-SP) a dois anos de prisão pelo crime de homofobia.
A condenação se deu em virtude dele ter falado em seu canal no YouTube que "vomita" ao ver dois homens se beijando, e que ainda bate neles. "Não tenho nada contra, mas eu também vomito. Eu sou gente, ainda mais vindo do interior. Hoje em dia, se quiser fazer na minha frente, faz. Apanha os dois, mas faz", disse em setembro de 2020.
Os advogados que defendem o apresentador negaram a acusação e disseram que o apresentador se mostrou constrangido pela situação, "pois sempre usou sua arte ou ofício para melhorar o país".
Já sobre o comentário homofóbico, foi em virtude dele ter a origem italiana que segundo os advogados, foi "pelo seu sangue italiano, ele costuma falar muito", mas "jamais teve a intenção de incitar a violência".
A juíza Roberta Hallage Gondim Teixeira afirmou, na decisão, que houve "agressividade das palavras aplicadas, as quais discriminaram os homossexuais especialmente diante do uso da palavra "nojo".
E que a fala atingiu a comunidade LGBTQIA+. Por ser réu primário e pela pena ser inferior a quatro anos, ele não será preso, mas terá que prestar serviços à comunidade pelo tempo da pena e deverá pagar o valor de cinco salários mínimos que serão revertidos na compra de cestas básicas para organizações sociais.