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Ela vai cantar domingo em Niterói e conversou com exclusividade com A TRIBUNA
Maria da Graça Costa Pena Burgos. Esse é o nome de batismo de um dos ícones da Música Popular Brasileira (MPB). Quem falou Gal Costa acertou. A artista, que esse ano completa 77 anos, estará no dia 8 de maio, na Praia de São Francisco, em uma apresentação especial em comemoração ao Dia das Mães. Gal Costa vai apresentar o show "Várias Pontas de uma Estrela" com repertório que circula pelos hits de Milton Nascimento.
Mas na apresentação a artista passa por canções de Chico Buarque, Caetano Veloso, Dorival Caymmi e Tom Jobim. A direção do show é assinada por Marcus Preto e a banda é formada por Fábio Sá (baixo elétrico e acústico), André Lima (teclados) e Victor Cabral (bateria e percussão).O público vai poder matar a saudade da artista, que durante a pandemia da Covid-19 ficou afastada dos palcos e lançou recentemente o álbum de estúdio: Nenhuma Dor.
Primeira vez se apresentando em Niterói?
Não, já me apresentei outras vezes.
O que acha de Niterói? E o público de Niterói?
Cidade linda, público caloroso, como eu gosto.
O show será especial no Dia das Mães. Alguma surpresa que possa nos contar?
Nesse show eu canto uma música chamada Gabriel, que é o nome do meu filho amado. Tenho certeza que estarei ainda mais emocionada nesse dia.
Você já tinha falado que percebeu um rejuvenescimento do seu público. Continua percebendo isso?
Sim. Desde o show do álbum Recanto eu venho percebendo uma nova geração indo aos meus shows. Percebi também pelas redes sociais. Acho que quando uma música é boa, com conteúdo, agrada sempre, qualquer faixa etária. Eu fico feliz que minha voz esteja passando por novas gerações. Eu trabalho porque a música é muito importante tanto para o público quanto para minha vitalidade.
Essa é o primeiro show presencial após o início da pandemia da Covid-19?
Não. Já fizemos algumas apresentações em outras cidades.
O que está achando do atual momento do Brasil?
Tenho esperança de que dias melhores virão. A esperança move a humanidade.
O que acha dos novos nomes da MPB que tem Gal Costa como referência?
Eu acho importante e interessante devolver, retribuir, a essa nova geração. Eles bebem na minha fonte, assim como eu me influenciei por outros artistas. Em todo disco que você lança, você presta um serviço à cultura.
Você encarou uma barra pesada no final de 60, testemunhou o exílio de Caetano e Gil. Existe alguma relação com os tempos de hoje?
Eu fico preocupada, acho um absurdo as pessoas quererem a volta da ditadura. É impensável. Mas ao mesmo tempo acredito que temos uma democracia bem estabelecida. A música da nossa geração continua inspirando e acredito que a arte seja a identidade de um povo, para trazer mais sonho e lutar contra as injustiças do mundo.