Assinante
Entrar
Cadastre-se
Cerca de 900 funcionários da empresa Aloés Indústria e Comércio Ltda, que tinha sede na Rodovia Amaral Peixoto, KM 6,5 em Tribobó, São Gonçalo, entraram na Justiça para receberem seus direitos trabalhistas após a empresa decretar falência. O problema já se arrasta há sete anos e agora os trabalhadores pensam em organizar uma manifestação para chamar atenção do poder público para o caso. Eles afirmam que os acordos são injustos e os valores precisam ser revistos.
Até fechar as portas a direção da indústria já estava atrasando os pagamentos, cancelando os benefícios e nem depositava todo mês os valores do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS). Os problemas com os pagamentos dos funcionários começou após a morte do dono da empresa e a nova administração dos filhos dele.
Filipi Souza, 32 anos, explicou que a empresa decretou falência e por isso entrou na justiça, com outros colegas de trabalho, para conseguir receber os direitos trabalhistas. Ele trabalhava como estoquista na fábrica de fraldas e absorventes, e teria que receber R$ 39 mil e a proposta da empresa foi de R$ 2 mil.
Essa semana o advogado me ligou e disse que era para eu assinar um papel que dizia que o valor que eles iam pagar era muito inferior do que nosso advogado conseguiu. Ficamos sabendo que eles só vão pagar até R$ 3 mil para as pessoas. Estamos organizando um protesto em frente a antiga sede, contou.
A manifestação está sendo organizada para os próximos dias na frente da indústria, na altura da Associação dos Homens de Negócio do Evangelho Pleno (Adhonep), onde parte da direção é ligada à Aloés Indústria e Comércio Ltda.
Estamos há 10 anos tentando receber. Até hoje não recebi nada. Trabalhei sete anos lá. Estão me oferecendo muito pouco e nem meu auxílio recebi. Tem quase 900 pessoas nessa situação. Alguns estão aceitando a proposta deles mas a maioria não. A fábrica de fraldas está fechada há uns sete anos mas eu coloquei na justiça há 10 anos. Ele tem outra fábrica em Goiás e tem como nos pagar, contou Márcia Gonçalves da Silva, 43 anos, que trabalhava como embaladora na época.
A empresa Aloés foi questionada sobre o assunto através de e-mail mas até o fechamento dessa edição não se manifestou.
Raquel Morais