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Fluxo de correspondências em Niterói teve queda de 20%
Fluxo de correspondências em Niterói teve queda de 20%
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Por: A Tribuna Data da Publicação: 02 de maio de 2018FacebookTwitterInstagram
Raquel Morais - Escrever uma cartinha e mandar para um amigo distante. A prática parece tão distante, mas antes da invenção do e-mail ou correio eletrônico era um hábito muito comum de comunicação. Os Correios confirmaram a queda desse fluxo de correspondências no país e em Niterói a retração foi de 20% no primeiro trimestre do ano. Os Correios divulgaram dados importantes sobre o hábito de enviar correspondências. Segundo nota, a quantidade de correspondências no Brasil apresentou queda de 26% no primeiro trimestre de 2018, em relação ao 1º trimestre de 2017. A mesma pesquisa no Rio de Janeiro mostrou que se manteve praticamente estável, com aumento de 5%. Já Niterói seguiu a tendência nacional: houve queda de quase 20% no volume de correspondências distribuídas no município. “Com a facilidade de imprimir boletos para pagamento de casa, com a facilidade do e-mail e dos aplicativos de celulares é impossível eu pensar na possibilidade de mandar uma carta para alguém. Eu acredito que em alguns anos essa prática vai cessar de vez”, opinou a dona de casa Regina Cunha, 34 anos. Mas há quem não concorda com a niteroiense. É o caso do escritor Antônio Spyer, de 73 anos, que se adaptou ao modernismo da internet mas não deixou de lado algumas práticas que sempre teve. No lançamento de um dos seus livros ele enviou o convite para o jornal A TRIBUNA pelos Correios, junto com uma carta escrita de próprio punho. “Digito muitos documentos mas gosto de personalizar a minha correspondência. Quando se trata de carta eu gosto de escrever no papel. Tenho o hábito de mandar cartas”, comentou carinhosamente. A atendente dos Correios Josiane Lopes, de 22 anos, disse que posta poucas cartas na unidade em que trabalha. “É raro, mas ainda existe. Tem um senhor que manda cartas de amor para a namorada, que mora em outro estado. Eu acho lindo e gostaria que meu futuro namorado me mandasse uma cartinha”, brincou a jovem. A carta simples, até 20 gramas, custa R$ 1,25 para qualquer lugar do Brasil e R$ 6,25 se quiser adicionar o registro de recebimento, assim o remetente sabe quando a correspondência chegou no destinatário.

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