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Mais quatro pessoas estão sendo investigadas em um novo inquérito da Polícia Civil e do Ministério Público no caso do assassinato do pastor Anderson do Carmo, possivelmente a mando da esposa e deputada federal Flordelis, segundo a investigação. Até a cozinheira e o motorista passaram a ser investigados. Gilcinéa Teixeira do Nascimento, a Néia, é cozinheira da casa de Flordelis, em Pendotiba. Ela é suspeita de ajudar a envenenar Anderson.
Já Marcio da Costa Paulo, o Márcio Buba, motorista da deputada e pode ter se livrado de provas buscadas pela polícia. O novo inquérito investiga também Gérson Conceição de Oliveira, filho de Flordelis, e Lorraine dos Santos, neta da deputada. Ele é suspeito de ajudar no envenenamento, e ela, de ocultar provas. Gérson continua empregado como secretário parlamentar no gabinete da deputada, apesar da parlamentar estar proibida pela Justiça de manter contato com ele e outros investigados.
De acordo o Portal de Transparência da Câmara, o salário de Gérson é R$ 15.698,32 por mês. Este é o terceiro inquérito aberto sobre o caso. Os outros dois resultaram em denúncias já aceitas pela Justiça. Além da deputada, sete filhos e uma neta estão no banco dos réus. Flordelis não foi presa porque tem imunidade parlamentar. Agora são investigados: Flávio dos Santos (acusado de disparar); Simone dos Santos Rodrigues; Adriano dos Santos; Adotivos - Lucas dos Santos; Marzi Teixeira da Silva; André Luiz de Oliveira; Carlos Ubiraci da Silva; e Rayane dos Santos Oliveira (filha de Simone).
De acordo com as informações, por pelo menos duas vezes a Corregedoria da Câmara dos Deputados tentou e não conseguiu localizar a deputada federal Flordelis (PSD) para que ela assine a notificação comunicando sobre a abertura do processo de investigação, que pode resultar na cassação de seu mandato como parlamentar. Apenas a deputada pode assinar o recebimento da notificação, e assessores da Corregedoria não a encontraram em seu apartamento funcional, em Brasília.
Flordelis é suspeita de tramar a morte de seu marido, o pastor Anderson do Carmo, crime ocorrido em junho do ano passado. Ela foi indiciada pelo crime há uma semana. A Mesa Diretora da Câmara dos Deputados, decidiu, há uma semana, por encaminhar à Corregedoria o processo de cassação do mandato de Flordelis que se tornou ré no processo sobre a morte de Anderson do Carmo.
A representação foi feita pelo deputado Léo Motta (PSL-MG) que foi encaminhada para a Corregedoria da Câmara, através do corregedor, Paulo Bengtson (PTB-PA), que terá de notificar a deputada para apresentar sua defesa por escrito. Depois disso, ela tem cinco dias úteis para se defender. Depois disso, Bengtson vai ter até 45 dias úteis para dizer à mesa se a denúncia tem ou não elementos que justifiquem a instauração de processo por quebra de decoro parlamentar.
Somente se a mesa aceitar a denúncia é que o requerimento vira uma representação, que será encaminhada ao Conselho de Ética, que vai instaurar processo. O PSD suspendeu a filiação da deputada.