Raquel Morais
A Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) confirmou que irá expandir o projeto de soltura de mosquitos Aedes aegypti contaminados com a bactéria Wolbachia a partir de 2017. Niterói será alvo novamente da ação, já que após realização do projeto piloto no começo do ano em Jurujuba, foi comprovada 80% da frequência da bactéria na população de mosquitos desse local. Com essa bactéria o mosquito não consegue transmitir a dengue, zika e chikungunya.
Segundo informações da fundação, o objetivo é expandir o projeto na cidade e no Rio de Janeiro para atingir uma área correspondente a 2,5 milhões de pessoas. Quando o mosquito entra em contato com a bactéria fica incapaz de transmitir as doenças. A ideia é soltar esse mosquito infectado para após reprodução sua prole também ficar danificada.
O comerciante Walber Costa, de 47 anos, tem um bar em Jurujuba e participou desse projeto no início do ano. A caixa com os mosquitos ficou uns dois meses perto do meu estabelecimento. Acho que é uma ideia muito boa e surtiu um efeito muito bom. Tem bastante tempo que não fico sabendo de alguém com dengue, apontou.
A moradora do bairro Lúcia Costa, de 50 anos, também notou uma diferença. Acho que a proximidade do verão pode facilitar novamente a proliferação dos mosquitos. Todas as ações para esse combate são válidas, finalizou.
Em nota, a Prefeitura de Niterói informou que a Fundação Municipal de Saúde realiza o combate ao Aedes aegypti durante todo o ano. Nos meses mais quentes, a ação é intensificada. Niterói possui Comitês Regionais de Combate a Dengue, organizados pelas Policlínicas Regionais (
) e o aplicativo gratuito Sem Dengue, que permite tirar fotos de possíveis criadouros do mosquito e enviar a imagem para que fiscais da Secretaria Municipal de Saúde vistoriem o local. Outra forma de denunciar possíveis focos de Aedes é pelo Disque Dengue (2621-0100).