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Filhos de Flordelis ficam na DH. Movimento nas igrejas cai
Filhos de Flordelis ficam na DH. Movimento nas igrejas cai
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Por: A Tribuna Data da Publicação: 03 de julho de 2019FacebookTwitterInstagram
Augusto Aguiar e Raquel Morais - Assim como Luan Santos, filho adotivo da deputada Flordelis e do pastor Anderson do Carmo, que abandonou o Ministério Flordelis após o assassinato do pai adotivo, muitos fiéis também estão deixando a igreja. Apesar de funcionários da sede, no Galo Branco, em São Gonçalo, contarem que os cultos e encontros acontecem normalmente, vizinhos e evangélicos que frequentam o local percebem o esvaziamento dos cultos. Os horários dos cultos e reuniões continuam os mesmos, tanto na sede quanto nas outras filiais, como Pendotiba, Piratininga, Itaboraí, Itaipuaçu e Jardim Catarina, em São Gonçalo. Na matriz, o culto continua às quintas-feiras, às 19h30min, e domingo, às 9h e às 18h30min. Às terças são realizadas as reuniões de departamentos e, às quartas, os encontros de casais. Após a morte do pastor Anderson, a princípio, as celebrações estão sendo ministradas pelo vice-presidente do Ministério Flordelis, pastor Carlos Silva, até que a presidente, a própria deputada, reassuma os cultos. Porém, apesar da aparente naturalidade, os fiéis não confirmam essa neutralidade no Ministério. “O movimento caiu muito. Antes dessa tragédia acontecer a rua ficava lotada de veículos dos fiéis e nos últimos dias isso não tem acontecido. O clima está estranho e pesado. Não escutamos música e nem tem aquela animação de sempre”, contou uma aposentada que mora perto da matriz no Galo Branco. O aposentado Aroldo Pereira, de 73 anos, também disse que percebeu uma queda no número de pessoas durante as celebrações. “Acho que a verdade deve aparecer, mas isso não deve limitar a fé das pessoas. É muito importante o funcionamento de uma igreja. O que aconteceu não retrata a religião. Tem que esclarecer os fatos e temos que continuar com a igreja funcionando”, explicou um dos frequentadores do Ministério. DEFESA PEDE ACESSO AO INQUÉRITO O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Luis Roberto Barroso concedeu prazo regimental de cinco dias para que a Delegacia de Homicídios de Niterói, São Gonçalo e Itaboraí (DHNSG) preste esclarecimentos sobre o inquérito à defesa de Flávio dos Santos Rodrigues, um dos filhos de Flordelis (PSD). Barroso foi o relator sorteado para apreciar a solicitação para que seja ordenada à Polícia Civil a autorização de acesso ao inquérito, alvo de muitas reclamações por parte de advogados que representam a viúva, familiares de Anderson do Carmo e filhos adotivos da vítima. Flávio Rodrigues e Lucas foram apontados como principais suspeitos de envolvimento na morte do padrasto e, desde então, advogados que os representam não tiveram acesso aos autos. Na solicitação encaminhada ao STF, a defesa alega que as informações sobre o inquérito obtidas pelos advogados sobre a morte do pastor e marido de Flordelis vêm sendo divulgadas pela imprensa e que autoridades policiais concederam entrevistas. "O teor das matérias jornalísticas deixa claro que a própria autoridade policial quebrou o sigilo das investigações quando, inclusive, a própria autoridade se prestou a conceder entrevistas à imprensa, veiculada nacionalmente nas maiores emissoras do país, dando detalhes do caso, fazendo juízo de valor”, alegou a defesa de Flávio Rodrigues. RELEMBRE O CASO O pastor Anderson do Carmo de Souza, marido da deputada federal e cantora gospel Flordelis (PSD-RJ), foi morto a tiros na madrugada do dia 16 de junho, em casa, na Rua Cruzeiro, na Região de Pendotiba. Segundo relatos de pessoas da família a policiais militares, o casal voltava de uma confraternização com amigos quando a deputada teve a impressão de que o carro onde os dois estavam era seguido por duas motos. Depois de entrarem na residência, o pastor resolveu voltar à garagem para buscar algo que havia esquecido. Os parentes relataram que ouviram vários disparos e, ao descerem, encontraram Anderson do Carmo baleado ao lado do carro, um Honda preto. Ele chegou a ser levado para o Hospital Niterói D’Or, em Santa Rosa, mas não resistiu aos ferimentos.

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