Aline Balbino
A cifra de R$ 10 bilhões é o déficit na economia que os 10 feriados prolongados deste ano deixarão em todo país. Em Niterói, segundo Charbel Tauil, presidente do Sindicato dos Lojistas (Sindilojas), se a legislação municipal de Niterói não mudar, o comércio da cidade sofrerá, no mínimo, 30% de queda nas vendas.
Em meio à maior recessão de todos os tempos, essa grande quantidade de dias não trabalhados poderá influenciar negativamente na economia da cidade. Para os comerciantes, novembro será o mês que demandará maiores preocupações, já que possui quatro feriados: o dia 2 (Finados), o dia 15 (Proclamação da República); o dia 20 (Consciência Negra), e o dia 22 (aniversário de Niterói).
Nosso sindicato defende a imediata redução da quantidade de feriados, sendo que já há projeto de lei neste sentido. Propomos que o dia 22 de Novembro deixe de ser feriado e seja transformado em Data Comemorativa pelo aniversário da cidade, nos mesmos moldes do que é feito em diversas capitais Brasil afora. O aniversário do município pode perfeitamente ser festejado, com shows, desfiles e demais eventos públicos, sem necessidade de o comércio ter que ficar de portas fechadas, disse Tauil.
Lojistas avaliam que 2016 foi um ano ruim, mas que 2017 pode ser ainda pior por causa dos feriados.
Tivemos um período ruim em 2016. A crise travou nossas vendas e o feriado atrapalha muito com toda certeza. No ano passsado tivemos um prejuízo total e com lojas fechadas a situação tende a não melhorar. Como vendo bolsas, a única possibilidade que tenho é que muitas pessoas compram bolsas e malas para viajarem, disse a vendedora, Núbia Rosa Ferreira.
Viagens no feriadão Enquanto alguns comerciantes lamentam, agentes de viagens comemoram. Mesmo com a crise boa parte dos brasileiros já estão a procura por pacotes especiais para estas datas. A expectativa é de aumento em 20% comparando os feriados do ano passado. O Nordeste, como sempre, é a região mais procurada.
É importante reservar pacotes com antecedência de até seis meses. Fazemos todos os tipos de pagamento para facilitar o cliente. Notamos que mesmo com a crise, muita gente ainda escolhe viajar. O que muda é a quantidade de dias. Muita gente fica menos dias fora, comentou a agente de viagens, Jackeline Melo, de 33 anos.