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FALTA DE MÉDICOS APÓS A PANDEMIA
FALTA DE MÉDICOS APÓS A PANDEMIA
Foto do autor A Tribuna A Tribuna
Por: A Tribuna Data da Publicação: 11 de maio de 2021FacebookTwitterInstagram

Sem funcionamento desde o início da pandemia e com perspectiva de só reiniciar as aulas em 2022, a UFF, que envolve um universo de 55 mil alunos, professores e funcionários, consumindo grandes verbas públicas, ainda não avaliou a sua responsabilidade na questão da pandemia e nos futuros desafios.

Na área da Saúde, por exemplo, está deixando de formar médicos, enfermeiros, biólogos, pesquisadores, psicólogos, farmacêuticos, veterinários, assistentes sociais, etc.

É um contraste com o s grandes espaços que dispõe, inclusive o grande prédio da nova Faculdade de Medicina, que poderia ter recebido os gastos com o desonesto “Hospital de Campanha”.

A Universidade deveria ser a vanguarda social nesta crise e analisar o desgaste gerado com a carência de profissionais no mercado, submetidos a uma desumana sobrecarga, prejudicial ao desempenho profissional.

Temos tanta carência de médicos que chegamos a contratar 10 mil profissionais oriundos de Cuba, despachados para a sua terra logo no início do salvador governo Bolsonaro.

Onde estão as lideranças estudantis e dos servidores, ou os políticos, tão falantes em temas que estão na “mídia”?

FGTS poderá ser usado para abater prestações de imóveis do SFI

A partir de agosto, os trabalhadores poderão usar recursos do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) para abater prestações do primeiro imóvel financiado com recursos do Sistema de Financiamento Imobiliário (SFI), que financia imóveis com recursos livres dos bancos. A medida foi aprovada ontem pelo Conselho Curador do Fundo e entra em vigor nos próximos 90 dias.

Com a decisão, o mutuário terá duas possibilidades. Na primeira, poderá usar o saldo da conta para reduzir o saldo devedor do imóvel. Na segunda, poderá abater até 80% da prestação em 12 meses, prorrogáveis ao fim de cada período.

Até agora, o uso do FGTS para quitar parte do financiamento imobiliário era restrito ao Sistema Financeiro da Habitação (SFH), que também financia unidades de até R$ 1,5 milhão, mas tem juros limitados a 12% ao ano e é parcialmente custeado com recursos da caderneta de poupança. A permissão foi estendida ao SFI, que não tem limite de juros e tem como principal fonte de recursos grandes investidores empresariais, como bancos comerciais e bancos de investimento.

A medida só entrará em vigor em agosto porque o Conselho Curador do FGTS deu 90 dias para que as instituições financeiras se adaptem. O órgão também impôs algumas condições. Os recursos do FGTS só poderão ser usados para cobrir o financiamento do primeiro imóvel próprio, e o mutuário deverá ter conta no Fundo de Garantia há mais de três anos.

ESTADO E MUNICÍPIOS PRECISAM DE NOVO MODELO PARA USO DE ESPAÇOS

A desigualdade no Brasil é diversificada e evidencia nas grandes diferenças decorrentes da falta de um planejamento harmônico para o Estado, ainda dividido geopolítica, econômica e social, seguindo um modelo definido em séculos passados.

Campos dos Goytacazes, que sempre lutou para não perder territórios, mas perdeu Italva e Cardoso Moreira, manteve a sua hegemonia com uma área de 4.032,487 km², sendo três vezes superior à atual capital e tendo espaço para abrigar 30 municípios do tamanho de Niterói, município de apenas 133,757 km².

O Rio de Janeiro, com 1.200,329 km² abriga 6,748 milhões de habitantes – sofrendo com a ampla circulação da gigante população da Baixada Fluminense - enquanto o isolado município de Campos, antes ocupado por extensos canaviais, reúne apenas 511.168 habitantes. Um número bem próximo dos 515.317 moradores de Niterói.

Os índices de densidade demográfica apresentam variações gigantescas: extensas planícies sem ou com poucos habitantes e as pequenas áreas de complexos urbanos (favelas) abrigando mais de 20 mil famílias em torno de vielas, sem serviços públicos.

Pequeno ou grande

A desigualdade é absurda: o menor município fluminense, 92º em tamanho, é Nilópolis, com apenas 19.393 km², mas ocupado por 162.693 habitantes, mesmo com boa pare do território formando a área do Campo Militar de Gericinó.

O 91º com menor território é São João do Meriti onde estão concentrados 472.906 moradores em apenas 34.838 km². É quatro vezes menos que Niterói e com população quase equivalente a da ex-capital fluminense.

O município menos populoso é Macuco 5.623 habitantes, mas com uma área de 77.080 km².

O bairro de Icaraí, em Niterói, com apenas 1 km², conta com 80 mil moradores.

Agroindústria

O espaço territorial não é destinado apenas à moradia. Os Planos Diretores Municipais precisam de articulação com planejamentos federal e estadual, definindo-se vários parâmetros que envolvem o uso do solo para a agropecuária, indústrias, prestadores de serviços, áreas de lazer, patrimônio histórico, vias de circulação, serviços públicos, proteção ambiental e muito mais.

Precisamos de um desenvolvimento harmônico, envolvendo habitação, produção, emprego transportes, para citar alguns temas.

Corrida aos postos

Com a chegada de doses de dois tipos de vacinas, no final da semana, cerca de cinco mil pessoas correram aos quatro postos de atendimento em Maricá, mas elas eram insuficientes.

A Secretaria de Saúde, na esperança de receber pelo menos mais duas mil doses, teve de mudar a programação para atender a quem buscava a segunda dose, apresenta comorbidades ou está em grupo de prioridades.

A verdade é que as prefeituras estão trabalhando com muita seriedade – salvo Duque de Caxias – sendo injusta a perda de tempo da CPI da Pandemia para apurar responsabilidades dos 5.570 municípios brasileiros.

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