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Paulo Roberto Costa morreu ontem (13) vítima de um câncer. Ele foi engenheiro, diretor da Petrobras e condenado a 70 anos de prisão em processos da Lava Jato. Costa foi o primeiro delator da operação.
No Paraná, o engenheiro respondia em liberdade aos processos do qual foi condenado, por causa dos acordos de colaboração com a Justiça. Paulo Roberto Costa foi preso em março de 2014, quando a Operação Lava Jato. Depois de dois meses no regime fechado, o ex-diretor da Petrobras decidiu colaborar com as investigações e detalhou como funcionava o esquema.
A partir dos depoimentos de Costa, os agentes da Policia Federal descobriram como funcionou a distribuição de recursos da empresa estatal: empreiteiras superfaturavam contratos, e parte dos valores eram repassados para pagar propinas a diretores da Petrobras, e abastecer o caixa de partidos políticos. A delação de Costa apontou o PT, PMDB e PP como destino do dinheiro
Costa virou diretor da Petrobras em 2004, por indicação do ex-deputado federal José Janene, que morreu em 2010. Ele permaneceu no cargo até 2012, quando pediu demissão e abriu a empresa de consultoria.
Janene foi eleito pelo PP do Paraná e também esteve envolvido no escândalo do mensalão. Como revelaria mais tarde o doleiro Alberto Youssef, teria partido de Janene a ideia de usar a estrutura da Petrobras para arrecadar dinheiro para pagar a base aliada do governo na Câmara dos Deputados e no Senado, em troca da aprovação de projetos estratégicos para o governo federal.