O governador Luiz Fernando Pezão disse ontem que está em negociação para flexibilizar mais um dos projetos do pacote de austeridade fiscal apresentado no início de novembro. A ideia é mudar a proposta de adiar, para 2020, os reajustes nos salários dos servidores públicos que tinham sido aprovados em 2014. Isso valeria para a área de segurança, como policiais, agentes penitenciários e bombeiros, além dos auditores fiscais. O governo poderá aceitar os reajustes em 11 meses, ao invés de três anos.
Os reajustes de 2014 seriam efetivados de forma escalonada, entre 2017 e 2019. Pela proposta original seriam adiados para 2020, 2021 e 2022. Com o adiamento, a economia seria de R$ 835 milhões em 2017, R$ 1,5 bilhão em 2018 e R$ 2,3 bilhões em 2019, nos cálculos do governo fluminense.
Com os protestos frequentes de servidores da segurança na porta da Assembleia Legislativa do Rio (Alerj) e ameaça de greve, agora, a ideia é deixar a folha para novembro, a ser paga em dezembro de cada um desses anos. Segundo Pezão, representantes dos servidores demonstraram preocupação com um eventual cancelamento dos reajustes acordados em 2014. "Eles tinham muita preocupação, porque uma vez ocorreu que um governador deu um aumento, e entrou outro governo e tirou o aumento", disse Pezão, após participar de reunião com o governo de Minas Gerais, Fernando Pimentel (PT).
Pezão refutou a ideia de que o pacote de ajustes está sendo completamente mudado. "Muitas medidas estão sendo discutidas e negociadas no Parlamento, que é o local apropriado. Estamos avançando em diversas discussões, inclusive com as categorias, com representantes dos funcionários. Conversei com toda a área de segurança", afirmou o governador.
Hoje, a Alerj organizará uma reunião com secretários estaduais e comandantes da área de segurança, além dos sindicatos dessas categorias.