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Ao longo dos últimos meses, o jornal A TRIBUNA publicou diversas reportagens relatando o dilema vivido pelos usuários de linhas da Auto Lotação Ingá por conta da demora dos ônibus. A empresa, que vive dificuldades financeiras, pretende, até julho, restabelecer a normalidade do serviço, segundo comunicação feita aos funcionários após negociação de dívidas. No entanto, a alta do diesel pode ser um obstáculo.
Em assembleia realizada no dia 23 de fevereiro, funcionários da empresa, organizados pelo sindicato da categoria (Sintronac) e sob mediação do Ministério Público do Trabalho (MPT), aceitaram proposta de pagamento de cestas básicas e férias atrasadas. Dessa forma, a companhia espera que, em até quatro meses, possa retomar a operação de antes da pandemia da Covid-19.
Segundo relatos de trabalhadores feitos durante as assembleias, a companhia, atualmente, opera com aproximadamente 50% de sua capacidade, o que ocasiona intervalos grandes e, até mesmo, a extinção de linhas. Desde 2020, a empresa deixou de operar as linhas 21 (Fonseca - Centro) e 25 (Riodades - Centro), que foram absorvidas pela 23 (Teixeira de Freitas - Centro).
Contudo, fontes ligadas à empresa apontam que a alta no preço do diesel pode ser um obstáculo para a recuperação. Os custos do combustível representam cerca de 40% das despesas da companhia. Cabe salientar que, até o momento, não há relatos de atrasos nos pagamentos dos acordos. No último dia 10, a Petrobras aumentou o preço médio para as distribuidoras de R$ 3,61 para R$ 4,51 por litro, alta de 24,9%.
A reportagem tentou contato telefônico com a Ingá para que a empresa se posicionasse de forma oficial. Num primeiro atendimento, o funcionário "Vitor" orientou que fosse feita uma nova ligação posteriormente para que um diretor da companhia conversasse com A TRIBUNA. Contudo, os telefonemas seguintes não foram atendidos. A Secretaria Municipal de Urbanismo e Mobilidade também foi procurada, mas, até o fechamento deste texto, não havia se posicionado.