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O presidente Jair Bolsonaro (PL) desistiu de por a cara no fogo pelo seu ex-ministro da educação, o primeiro do governo a ser preso.
Na manhã desta quarta-feira (22) Bolsonaro (PL), disse que Milton Ribeiro, deve responder pelos seus atos se houver algo errado. Ele que responda pelos atos deles, comentou. Há três meses o presidente disse que botaria a cara no fogo pelo ex-ministro. A primeira dama, Michele Bolsonaro, também evangélica foi fervorosa defensora do ex-ministro e pastor. ele vai provar que é inocente, disse na época.
Se tiver algo de errado, ele vai responder. Se for inocente, sem problema; se for culpado, vai pagar. O governo colabora com a investigação. A gente não compactua com nada disso, disse Bolsonaro em entrevista à Rádio Itatiaia. Agora, não sei qual a profundidade dessa investigação. No meu entender, não é aquela orgânica, porque nós temos os compliances nos ministérios. Qualquer contrato, qualquer negócio não passa, avaliou.
A Polícia Federal (PF) cumpriu mandado de prisão preventiva contra Ribeiro. A operação investiga a responsabilidade do ex-ministro no caso do gabinete paralelo do MEC, revelado pelo jornal O Estado de S. Paulo.
As reportagens mostram que, sem ter vínculos com o setor de ensino ou cargo público, um grupo de pastores passou a comandar a agenda do ministro da Educação, formando uma espécie de gabinete paralelo que interferia na liberação de recursos e influenciava diretamente as ações da pasta.
Durante a entrevista, Bolsonaro disse ainda que a operação é sinal de que seu governo não interfere na PF. O ex-ministro da Justiça Sérgio Moro, ao deixar o cargo, acusou o chefe do Executivo de influenciar nas decisões da instituição.