Aline Balbino
Produtos esportivos pesam no bolso de quem é torcedor e muitos consumidores não abrem mão da camisa de futebol do jogador favorito. Por conta do preço elevado, muitos topam comprar produtos falsificados. Dados do Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil), apontaram que dois em cada dez (22,0%) torcedores de futebol que compram produtos de times falsificados disseram que tomam essa decisão porque não notam a diferença entre peças originais e pirateadas.
De acordo com o levantamento, 43,5% dos torcedores brasileiros admitem que, a depender do produto, compram a versão pirata. Os entrevistados que só compram réplicas falsificadas somam 3,4% da amostra, enquanto 53,0% sempre optam por artigos originais. O preço elevado dos produtos oficiais (42,8%) é a principal razão para quem adquire produtos no mercado negro.
A pesquisa aponta que os produtos pirateados que os torcedores mais compram a depender do item são canecas e copos de times (22,9%), chaveiros (22,3%), camisetas (18,9%), chinelos (18,0%) e bonecos de pelúcia (11,4%).
A pirataria é um problema que precisa ser combatido com fiscalização rigorosa das autoridades e conscientização na sociedade. Quem compra produto falsificado alimenta o crime organizado, destruindo negócios e prejudicando até mesmo as receitas do clube do coração, que deixa de arrecadar nesses casos, explica Pellizzaro Junior, presidente do SPC Brasil.
A orientação que o Procon dá aos consumidores é desconfiar de preços muito abaixo da média do mercado. Isso pode indicar que o produto não é original. Em Niterói, a prefeitura garantiu que os ambulantes cadastrados pela Secretaria de Ordem Pública tem discriminado em suas licenças os produtos a serem comercializados em suas barracas.
Assim que recolhidos, os produtos falsificados são levados ao depósito público e posteriormente destruídos.