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Já está novamente na cadeia Monique Medeiros, mãe do menino Henry Borel, de cinco anos, morto no ano passado. A mulher e o padrasto da criança, o ex-vereador do Rio de Janeiro Dr. Jairinho, são suspeitos do crime. Ela se entregou no final da noite da última terça-feira (28) na 16ª DP (Barra da Tijuca).
Nesta quarta-feira (29), a acusada deverá ser transferida à Unidade Prisional da Polícia Militar (UP-PMERJ), no Fonseca, Zona Norte de Niterói. Mas antes, ela passará pelo Instituto Médico Legal (IML) para exame de corpo de delito e pela Cadeia Pública José Frederico Marques, em Benfica, a "porta de entrada" do sistema prisional.
Na terça-feira, a 7ª Câmara Criminal do Rio determinou que Monique voltasse à prisão. Ela estava em liberdade, sob monitoramento eletrônico. A decisão foi um pedido do Ministério Público do Rio e dos advogados do pai da criança, Leniel Borel, que atua como assistente de acusação no processo conduzido pela juíza Elizabeth Louro, do 2º Tribunal do Júri da Capital.
A mesma juíza foi a responsável, em abril deste ano, por conceder a substituição da prisão preventiva de Monique por monitoramento eletrônico, bem como por determinar a proibição de contato com terceiros, sob a alegação de que a detenta estava sofrendo ameaças na prisão.
O desembargador Joaquim Domingos de Almeida Neto, relator do processo, considerou que a determinação da 1ª instância ocorreu sem alvará de soltura e que não houve comprovação das intimidações. A ré, segundo afirmado por ele, responde por homicídio praticado com tortura e violência extremada, configurando o crime em hediondo.
Ao entender que o fato de Monique estar em local sigiloso não possibilita a fiscalização pelo Ministério Público, assim como dificulta a possibilidade de o Estado assegurar a integridade dela. O desembargador afirmou que a acusada ficará no batalhão prisional por medida de segurança até que sejam apuradas as citadas ameaças.
A defesa de Monique Medeiros foi procurada e informou que vai se manifestar após o posicionamento do tribunal. O ex-namorado não obteve o relaxamento da prisão e continua detido no Complexo de Gericinó, Zona Oeste do Rio.
O ex-vereador Dr. Jairinho prestou depoimento no dia 13 de junho e alegou inocência. Ele foi o último a ser ouvido na fase de instrução e julgamento do caso Henry Borel. O próximo passo deve definir se os réus irão a júri popular.