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Na terceira semana de depoimentos, a Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Pandemia ouve dois ex-ministros do governo Jair Bolsonaro: Ernesto Araújo, das Relações Exteriores na terça-feira (18) e Eduardo Pazuello, da Saúde, na quarta-feira (19). Os dois são considerados peças-chave para esclarecer a condução do governo federal no enfrentamento da crise sanitária da Covid-19.
A audiência de Pazuello é a mais esperada. Dos quatro ministros que comandaram o Ministério da Saúde durante a pandemia, Pazuello foi o que ficou mais tempo no cargo. Mas nesta sexta-feira (14) o ministro Ricardo Lewandowski , do Supremo Tribunal Federal (STF), concedeu um habeas corpus para que ele seja ouvido na condição de investigado, o que permite que possa ficar em silêncio e escolher quais perguntas dos senadores responder. Na condição de investigado, a presença do ex-ministro na CPI será obrigatória, mas Pazuello poderá ser assistido por um advogado.
O general do Exército e especialista em logística assumiu interinamente o ministério em 16 de maio de 2020, após a saída de Nelson Teich. Ele foi efetivado no cargo em 16 de setembro e exonerado no dia 23 de março de 2021. Estava no comando da pasta quando a Pfizer fez uma oferta de 70 milhões de doses de imunizantes ao Brasil, segundo o presidente regional da empresa na América latina, Carlos Murillo. Em 11 de fevereiro deste ano, durante sessão no Plenário do Senado, Pazuello afirmou que eram somente 6 milhões ofertadas pela Pfizer.