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Um dos momentos de tensão no depoimento de Witzel foi quando ele e o senador Flávio Bolsonaro (Republicanos-RJ), ex-aliado e atual desafeto, protagonizaram discussão. Flávio demonstrou insatisfação com perguntas feitas pelo relator da CPI, senador Renan Calheiros (MDB-AL) sobre a relação do filho do presidente com o ex-governador.
O senador Omar Aziz (PSD-AM) interviu na discussão, assegurando que, por ter sido citado, Flávio teria direito de se manifestar, após Witzel responder todas as perguntas. Todavia, as constantes interrupções por parte do senador fluminense causaram irritação aos demais parlamentares e ao ex-governador, que chegou a chamar o filho de Jair Bolsonaro de "mimado".
Todavia, Witzel solicitou que pudesse prestar maiores detalhes sobre o caso em reunião reservada, com os senadores que compõem a CPI e encerrou sua participação. Durante o depoimento, contudo, ele relatou novamente ser vítima de perseguição política e alegou que o Ministério Público Federal foi usado de forma política no curso do processo que culminou em sua cassação.
Aziz informou que irá consultar a assessoria jurídica do Senado para viabilizar o depoimento, em segredo de justiça, de Wilson Witzel. Contudo, ainda não há uma data definida. Cabe ressaltar que o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Kássio Nunes Marques, facultou ao ex-governador compareceu ou não na CPI e, além disso, o desobrigou de fazer o voto de falar apenas a verdade e permitiu que ele fosse acompanhado de um advogado.