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A Variante P.1 da Covid-19 está presente em Niterói e é o que tem puxado o número de internações nos hospitais da cidade. A informação foi confirmada pelo secretário municipal de Saúde durante uma live pelas redes sociais da Prefeitura na noite de segunda-feira (29). Esta é a chamada nova cepa detectada em Manaus e que já foi detectada por todos o país.
Com isso, pela segunda semana seguida o boletim do Sindicato dos Hospitais, Clínicas e Casas de Saúde de Niterói e São Gonçalo (Sindhleste) aponta que a taxa de ocupação de leitos para a Covid-19 na rede particular de Saúde de Niterói é de 82% de ocupação dos quartos reservados para Covid e o índice de ocupação com os leitos de Unidade de Tratamento (UTI) é de 89%
Os dados foram divulgados no boletim de ontem (29) e são praticamente idênticos aos números da última quinta-feira (23), quando as taxas de ocupação estavam em 82% dos quartos e cerca de 90% de ocupação dos leitos de UTI.
O prefeito Axel Grael (PDT) afirmou que conta com a colaboração dos niteroienses para ficarem em casa e cumprirem as medidas de isolamento impostas pela prefeitura.
Eu não tenho a menor satisfação de fazer um decreto com aquelas restrições que fizemos na semana passada. Porém, esse afastamento das pessoas é necessário para evitar a transmissão do vírus, afirmou.
Na transmissão, o secretário municipal de Saúde, Rodrigo Oliveira, afirmou que a nova cepa é o que está puxando o número de internações para cima. Ele conta que, há um ano, a cada mil pessoas infectadas em média 75 eram internadas. Hoje, a cada mil infectados cerca de 175 precisam de internação.
Há duas maneiras de combater esse vírus, uma delas é a vacinação. A outra forma de a gente controlar o vírus, controlar a pandemia, evitar mortes e salvar vidas é ficando em casa, reduzindo a circulação de pessoas, reduzindo assim a transmissão do vírus, afirmou.
Um estudo da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) constatou que a carga viral de pacientes contaminados pela cepa P.1 do coronavírus é cerca de dez vezes maior que em pacientes com outras cepas. Por este motivo a variante se espalhou tão rápido do Amazonas para o resto do país.
A P.1 não varia entre jovens e idosos, ou seja, não importa a idade, o nível de contaminação é tão grave letal em jovens quanto é em adultos. Com isso, aumenta o número de jovens que necessitam de internação, o que pressiona os hospitais com a elevada taxa de pessoas precisando de internação.
Marcelo Almeida