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Uma manifestação tomou conta da BR-101, na altura do bairro Guarus, em Campos, após a prefeitura anunciar a decisão de manter o comércio fechado por mais sete dias, mesmo após a parada sanitária de dez dias. A decisão foi tomada pelo prefeito Wladimir Garotinho em decorrência do grande número de infectados e a falta de leitos de UTI para pacientes com covid-19 nas unidades de saúde do município. Os comerciantes responsáveis pelo protesto alegam que o setor cumpre os protocolos da Organização Mundial da Saúde (OMS) e não é responsável pela propagação do vírus.
A cidade de Campos se manteve na fase vermelha e nesta segunda-feira (5) está com 33 pacientes da Covid na fila de espera por um leito de UTI. Ao todo, 869 pessoas já morreram da doença e 24.044 foram infectadas no município.
Eu entendo a dificuldade do comércio, estou lutando para abrir mais leitos, estou reforçando o orçamento da secretaria municipal de Desenvolvimento Humano para atender as pessoas que mais precisam. Eu peço mais uma semana para gente fazer a flexibilização de maneira responsável, permitindo take-way, flexibilizando horários, estudando o que pode ser feito, colocou o prefeito Wladimir Garotinho
NOVA VARIANTE MAIS AGRESSIVA MATA MAIS E OCUPA MAIS LEITOS
O médico Charbel Kury, que é subsecretário de Atenção Básica, Vigilância e Proteção da Saúde, informou os números do monitoramento da Covid. Ele mostrou o motivo pelo qual Campos permanece com altas taxas . Estamos à frente de uma máquina de matar, extremamente efetiva ou eficiente. Uma das novas variantes, a P1, é mais agressiva e, além de matar mais, está deixando os pacientes internados por mais tempo, disse.
O prefeito informou que algumas pessoas precisaram rodar a cidade em uma ambulância procurando uma unidade que tivesse vaga para internação Passei o domingo ligando para a secretaria estadual de Saúde para que os pacientes de fora e que estão aqui, pudessem ter transferidos, porque isso tem aumentado a nossa fila de espera e não há o que fazer,
O prefeito Wladimir Garotinho disse que estão sendo adotadas novas medidas como a convocação de médicos que estavam afastados, a requisição de cilindros excedentes de oxigênios para pacientes atendidos em domicílio e que na condição de extras não comprometem o tratamento regular, como também o pedido de ajuda ao Porto do Açu, que cedeu 11 cilindros industriais que serão convertidos como reservatórios de oxigênio.