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"Samba na alma, samba no pé" é de autoria do Entreartes e está disponível para visita até o dia 28 de setembro
A Sala Carlos Couto, anexo do Theatro Municipal de Niterói, recebe até o dia 28 de setembro a exposição "Samba na alma, samba no pé", trabalho assinado pelos integrantes do coletivos Entreartes, os artistas Bia Torres, Cesar Coelho Gomes, Lia Berbert, Renata Barreto, Rudi Sgarbi e Wil Catarina. Idealizado pela produtora cultural Cacau Dias, a mostra marca a volta do público ao espaço. Nas redes sociais do Entreartes, o tour virtual pela coletiva tem trilha sonora com a cantora e atriz Mona Vilardo.
Cacau afirma que o projeto visa dar mais cor "às nossas vidas". Além disso, ela explica que a proposta só foi adiante por contar com o apoio do Complexo Hospitalar de Niterói. Caso contrário, a iniciativa não iria adiante.
Nesse momento, trabalhamos para dar mais cor às nossas vidas, na reabertura de espaços e da agenda cultural. Essa exposição tira nota 10 em harmonia entre os artistas, o espaço e a voz da Mona Vilardo. Temos o Complexo Hospitalar de Niterói (CHN) apoiando o trabalho do coletivo, e a ideia é mostrá-lo em outras cidades, afirmou Cacau.
Clementina de Jesus, Cartola, Donga e Adoniran Barbosa recebem a reverência de Rudi Sgarbi, em Samba na alma, samba no pé. Ele usa interferências digitais e um toque azul de aquarela para realçar a aura dos mestres no altar dos compositores. Já a artista Wil Catarina retrata temas que tem cara de festa, como a feijoada, o violão, a passista e a carioca Pedra do Sal, berço dos primeiros encontros musicais.
Se Bia Torres pinta a elegância do sambista na marcação do pandeiro, Cesar Coelho Gomes joga luz e dá novos contornos aos músicos que embalam o ritmo. Lia Berbert puxa versos de canções registradas na memória para colocar na roda desenhos florais, formas orgânicas e geométricas, homenageando clássicos como Trem das onze e Andança.
Por sua vez, Renata Barreto ilustra com seus maxibordados a história da influência africana na música, no Rio e na Bahia, na série de quadros que faz a conexão com a ancestralidade e a força feminina, nas cores e nos movimentos de dança.
Convidamos os artistas a traduzir, cada um através de sua poética, um pouco do espírito do samba, que fala muito de miscigenação, de integração e de resistência tão próprias do país. O resultado é vibrante, diz a curadora da mostra, Ana Schieck.
A exposição pode ser vista às terças e quintas, das 10h às 16h na Sala Carlos Couto, que fica na Rua Quinze de Novembro, 35, no Centro, anexo ao Theatro Municipal de Niterói. Seguindo os protocolos de segurança contra o Covid-19, a visitação também pode ser agendada pelo WhatsApp da Equipe Cacau Dias: (21) 99956-5000.