Aconteceu nesta quinta-feira (07) mais um julgamento do caso da morte do músico Mário Travassos, filho do ex-vice-prefeito de Niterói Eduardo Travassos. Na audiência de Instrução e Julgamento foram ouvidas quatro testemunhas de acusação. Faltam ainda outras três testemunhas que o Ministério Público insistiu que fossem chamadas. A justiça designou a continuação da Audiência de Instrução e Julgamento para o próximo dia 28 de março.
A pedido da defesa dos acusados de homicídio a Juíza deferiu segredo de justiça ao processo. Além disso, o Ministério Público, que denunciou os três acusados, enfermeiros da Clínica da Gávea, pediu novamente vista aos autos do processo.
Mário Travassos morreu aos 39 anos em julho de 2017 dentro de uma clínica psiquiátrica na Gávea, Zona Sul do Rio. Antes, ele tinha sido internado no Hospital Psiquiátrico de Jurujuba, com sintomas de ansiedade. Os médicos da unidade recomendaram que seria melhor o músico ser transferido para unidade da Gávea, onde morreu um dia após dar entrada. Na ocasião, a direção da clínica informou que o músico morreu ao ser interceptado por uma equipe de enfermagem ao tentar fugir do setor de observação.
A Polícia Civil informou que a causa da morte foi asfixia, estrangulamento e sufocação indireta. Todos os envolvidos são enfermeiros da clínica e respondem por homicídio culposo.
O vereador Paulo Eduardo Gomes (PSOL), presidente da Comissão de Saúde da Câmara Municipal de Niterói, acompanhou a família no Tribunal de Justiça. É revoltante o que aconteceu e é preciso que os envolvidos e a clínica sejam responsabilizados. A violência manicomial é algo a ser combatida e exterminada. Esse e outros casos reafirmam a necessidade de seguirmos lutando pela reforma psiquiátrica. Justiça para Mario Travassos é o que todos queremos, comentou.