Em homenagem ao Dia do Índio, nesta quarta-feira, a Casa de Cultura Heloísa Alberto Torres, em Itaboraí, abre suas portas, a partir das 18h30min, para receber a exposição O Rio de Janeiro continua Índio, da Associação Indígena Aldeia Maracanã (AIAM). A exposição com visitação gratuita vai até o dia 30 de abril, sendo de segunda a sexta-feira, das 8h às 17h.
A inauguração da exposição contará com debates sobre a cultura indígena no Rio de Janeiro e no Brasil, e ainda com a presença do Dr. João Baptista Damasceno; o cacique Carlos Tucano; o indigenista e ativista Toni Lotar, o coral Guarani de Itaipuaçu e outros.
"O Rio de Janeiro continua Índio", visa oferecer ao público itaboraiense e aos visitantes uma visão multidisciplinar da presença e do legado indígenas dos povos originários no Rio de Janeiro, desde a invasão de Pindorama pelo colonizador europeu até a Aldeia Maracanã nos dias de hoje. Além de registrar a milenar presença ancestral dos povos indígenas no Brasil, dando a eles a visibilidade e importância que a história oficial nem sempre reportou, valorizando sua contribuição histórica, cultural e étnica na formação do povo brasileiro.
Para ilustrar essa verdadeira viagem cultural através dos séculos, o público terá acesso a uma exposição especialmente montada com uma perspectiva histórica e antropológica da presença indígena no Rio, criada pelo Museu do Índio/Funai, em conjunto com a Comissão Pró-índio/Uerj.
Com muita força e determinação os índios resistiram a 517 anos de colonização, genocídio e preconceitos, e mantiveram até hoje seus saberes, sua espiritualidade, sua cultura e seu modo de vida tradicionais, constituindo uma população indígena brasileira atual estimada em 1 milhão de pessoas em todos os estados do Brasil, distribuídos em 305 povos indígenas e falantes de 180 línguas distintas. A Casa de Cultura Heloísa Alberto Torres, fica localizada na Praça Marechal Floriano Peixoto, 303, no Centro.