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Campanha Janeiro Roxo lembra sobre a importância da prevenção e tratamento da hanseníase
Campanha Janeiro Roxo lembra sobre a importância da prevenção e tratamento da hanseníase
Foto do autor A Tribuna A Tribuna
Por: A Tribuna Data da Publicação: 10 de janeiro de 2021FacebookTwitterInstagram

Esse ano a campanha Janeiro Roxo é dedicada à conscientização, prevenção e tratamento precoce da hanseníase, coordenada pela Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD), através do alerta: “A hanseníase é negligenciada, a sua saúde não ! ”. Apesar de todos os avanços técnicos e científicos, a doença ainda faz milhares de vítimas todos os anos no país.

Ao longo do mês, os dermatologistas brasileiros, em apoio à tradicional mobilização do Ministério da Saúde, farão circular entre médicos, pacientes e outros profissionais da saúde informações de utilidade pública preparadas por especialistas. Entre os tópicos abordados estão a descrição de sinais e sintomas da hanseníase e orientações sobre onde buscar diagnóstico e iniciar o tratamento. Também será abordada a necessidade de se eliminar o preconceito contra as pessoas com a doença.

Integrando a campanha, vários prédios públicos e monumentos serão iluminados na cor roxa, com objetivo de chamar a atenção da sociedade para a hanseníase. O Janeiro Roxo foi criado em 2016 e tem o último domingo do mês como data símbolo. Nesse dia é celebrado o Dia Mundial de Combate e Prevenção da Hanseníase. De acordo com levantamento, são 30 mil novos casos da doença por ano no país, que apresenta o segundo maior número de casos, perdendo apenas para a Índia.

Segundo a Sociedade Brasileira de Clínica Médica (SBCM), a partir de dados do Ministério da Saúde, a doença é mais frequente nas regiões Nordeste, Centro-Oeste e Norte, que respondem por quase 85% dos casos do país. O Brasil concentra mais de 90% dos casos da América Latina. Além da SBD, participam da campanha de esclarecimento à população as secretarias de Saúde dos estados, o Conselho Federal de Medicina (CFM), a Associação Médica Brasileira (AMB), a Confederação Nacional de Municípios (CNM), a Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) e o Conselho Nacional de Justiça (CNJ).

Os sintomas da doença aparecem, principalmente, nas extremidades das mãos e dos pés, no rosto, orelhas, nádegas, costas e pernas. São manchas esbranquiçadas, amarronzadas ou avermelhadas, com perda de sensibilidade ao calor, ao toque e à dor. É possível uma pessoa queimar a pele na chama do fogão ou em uma superfície quente e sequer perceber. A sensação de formigamento também é um sinal da doença.

Outros sintomas são sensação de fisgada, choque, dormência e formigamento ao longo dos nervos dos membros; perda de pelos em algumas áreas e redução da transpiração; redução de força na musculatura das mãos e dos pés; e caroços no corpo, em alguns casos avermelhados e dolorosos. Condições precárias de moradia e saneamento favorecem a ação da Mycobacterium Leprae.

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