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Câmara de SG analisa projeto que acaba com dupla função de motorista
Câmara de SG analisa projeto que acaba com dupla função de motorista
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Por: A Tribuna Data da Publicação: 07 de dezembro de 2017FacebookTwitterInstagram
Anderson Carvalho - A Câmara Municipal de São Gonçalo começou a analisar o projeto de lei nº 311/2017, de autoria do vereador Professor Paulo (PC do B), que acaba com a dupla função dos motoristas nos ônibus das linhas municipais da cidade, entre os quais, os convencionais, micro-ônibus e os que têm apenas uma porta. A proposta já foi lida em plenário e tramita na Comissão de Justiça e Redação Final da Casa, devendo ser votada nos próximos dias. Pelo projeto, cada veículo deverá ter motorista e cobrador. “Essa iniciativa do nosso mandato tem objetivos bem definidos: melhorar a qualidade dos serviços prestados à população; dar mais segurança aos passageiros e ao funcionário da empresa, uma vez que a dupla função nitidamente atrapalha na condução do coletivo e, claro, gerar empregos no setor rodoviário com a volta da função do cobrador nos ônibus”, destacou Professor Paulo. Em caso de aprovação no legislativo, o projeto irá para sanção ou veto do prefeito José Luiz Nanci. Se este sancionar, as empresas terão três meses para se adaptarem. Fica proibida a redução quantitativa dos coletivos nas ruas e a penalidade prevista por cada infração é de 150 UFISG (Unidade Fiscal no Município de São Gonçalo). Procurado, o Sindicato das Empresas de Transportes Rodoviários do Estado do Rio de Janeiro (Setrerj) informou que a bilhetagem eletrônica vem substituindo, gradativamente, o dinheiro, nos coletivos. Em São Gonçalo, cerca de 70% das viagens são pagas eletronicamente, o que gera maior segurança, já que há menos dinheiro vivo circulando. Vários cobradores hoje trabalham nas empresas de ônibus em outras funções, como manobristas, manutenção ou mesmo motoristas. A proposta de restabelecer a função do cobrador é um retrocesso, que vai na contramão da tendência mundial de automatização. Caso esse projeto seja aprovado, será mais uma ação que gera custos altíssimos com a troca de frota, num prazo inexequível. Em um momento de perda de passageiros e forte crise financeira, será mais um custo a ser repassado para as tarifas.

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