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Foi aprovada na Câmara de Vereadores de Cabo Frio, por unanimidade, a abertura de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI). O objetivo é investigar as exonerações e contratações feitas pela prefeitura durante o período eleitoral. Será investigado se a movimentação no quadro funcional é uma manobra para ter benefícios eleitorais.
O requerimento do vereador Vaguinho Simão (Republicanos) foi assinado por 11 dos 17 vereadores, evidenciando a fragilidade na relação política do prefeito Adriano Moreno (DEM) com o Poder Legislativo cabofriense. Antes cauteloso quanto à abertura da CPI, o presidente da Câmara, Luis Geraldo (Republicanos) mudou o tom em relação ao que havia dito na última sessão.
Para Luis Geraldo, o fato de Adriano ter anunciado que disputará a reeleição já justifica uma investigação sobre o assunto, uma vez que um eventual uso político das contratações feriria a legislação eleitoral, embora não seja proibida a nomeação de servidores para cargos em comissão no atual período.
Como a gente tem presenciado uma recontratação enorme, de volta, a gente precisa ir a fundo porque os indícios de uso político são fortes. Porque as suspeições são fortes. Por isso, essa CPI. É investigativo isso aqui, é uma comissão parlamentar de inquérito. Hoje a gente tem indícios para procurar realmente o que está acontecendo. Porque a lei não está sendo cumprida naquilo que ela se propõe. Ela se propõe a dar uma isonomia. Ela excetua o cargo de comissão, porque é um cargo de confiança que, porventura, o governo pode precisar. Mas você não pode demitir 1.240 funcionários, em massa, de uma vez, e já recontratar 800, afirmou o chefe do Legislativo.
Respeitando o Regimento Interno da Câmara, a CPI será formada por meio de um projeto de resolução, que vai indicar o número de integrantes e o prazo de vigência dos trabalhos. O presidente indicará os vereadores que irão compor a comissão. Será observada a proporcionalidade dos partidos e dos blocos partidários. Ao ser constituída, a CPI escolherá o presidente, o vice e o relator.
Já foram ocupados 763 dos 1.240 cargos em comissão, que ficaram vagos após as exonerações, em meados do mês passado. O número equivale a 61% do contingente de comissionados, que foram dispensados.