Acionado em casos de emergência, como acidentes, incêndios e salvamentos, o serviço 193 recebe, em média, 72 mil chamados todos os meses. Deste total, 30% são falsas ocorrências, conhecidas como trotes. O Corpo de Bombeiros chama a atenção para o percentual, com o objetivo de conscientizar a população sobre o problema.
"É importante que as pessoas tenham responsabilidade e bom senso ao ligar para o 193. Vale lembrar que, ao acionar o serviço, uma equipe será deslocada para a ocorrência e, ao chegar, se descobre que é falsa. Isso quer dizer que a corporação já empregou o recurso e isso pode comprometer outro atendimento, que pode ser real", afirmou o tenente-coronel Alexandre Neves, diretor-geral de Comando e Controle Operacional.
Os trotes causam prejuízos e a redução de chamados falsos está entre as metas do Governo do Estado. Para isso, é necessário que a população esteja ciente de como é feita a triagem e o deslocamento da equipe de emergência para o local indicado.
"Quando um de nossos atendentes recebe a ligação, fazem diversas perguntas para que a triagem seja feita. A pessoa precisa ser o mais detalhista possível e fornecer, por exemplo, a localidade da ocorrência com um ponto de referência, se há vítimas e algum telefone de contato. Trabalhamos com o tempo-resposta e quanto mais informações a pessoa passar, mais rápido o atendimento será enviado", destacou o tenente-coronel.
Localizado no Centro de Comando e Controle (CICC), na Cidade Nova, o Comando e Controle Operacional do 193 funciona 24 horas por dia, 7 dias por semana. A partir do momento que a central recebe a chamada e faz a triagem, a ocorrência é repassada para o quartel mais próximo.
"Temos uma ferramenta de geolocalização que, a partir do endereço informado, ajuda a calcular em média o tempo que o socorro chegará ao local. É preciso entender que ao comunicar uma falsa ocorrência, um caso real deixou de ser atendido e que uma pessoa em situação grave não recebeu socorro. Só entre os dias 26 e 27 de fevereiro, foram 130 trotes e cerca de 100 ligações pedindo informações", explicou o diretor-geral.
Entre as principais ocorrências no verão, estão àquelas relacionadas aos eventos de chuva, alagamentos e cortes de árvores. Já nos meses de inverno, os chamados são em virtude das queimadas em matas e florestas durante a época de seca.