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O presidente Jair Bolsonaro (PL) defendeu o ex-ministro Milton Ribeiro, preso durante a operação Acesso Pago, da Polícia Federal. Segundo ele, não havia indícios mínimos de corrupção por parte de Ribeiro. Em relatório enviado ao Ministério Público Federal (MPF), a PF diz que o ex-titular do MEC e os pastores evangélicos atuavam como organização criminosa na pasta.
Quem começou essa investigação foi a Controladoria-geral da União a pedido do próprio Milton, afirmou Bolsonaro durante entrevista do programa 4 por 4 no YouTube. O Ministério Público foi contra a prisão do Milton. Não tinha indícios mínimos de corrupção por parte dele. No meu entender, ele foi preso injustamente, completou o presidente.
A tese da organização criminosa é corroborada pelo próprio MPF. As provas carreadas aos autos demonstram a articulação da ORCRIM para utilizar verbas públicas em contrapartida a benefícios próprios, escreveu a procuradora Carolina Martins Miranda de Oliveira em seu parecer sobre o caso.
Na entrevista, Bolsonaro também falou sobre a suposta interferência dele na PF, uma vez que há gravação de telefonema entre Ribeiro e a filha em que o ex-ministro fala de um pressentimento do presidente sobre a operação de busca e apreensão.
Anteriormente, em entrevista à rádio Itatiaia, ele não havia defendido com tanta veemência o ex-ministro. Ele responda pelos atos dele. Eu peço a Deus que não tenha problema nenhum, mas se tem algum problema, a PF está agindo, está investigando. É um sinal que eu não interfiro na PF, afirmou no último dia 22.