Assinante
Entrar
Cadastre-se
A deputada federal Bia Kicis (PSL-DF) foi eleita hoje (10) presidente da Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania (CCJ) da Câmara dos Deputados, em Brasília, para um mandato de um ano. A deputada bolsonarista recebeu 41 votos e, apesar de muito criticada, foi a única candidata ao cargo.
Envolvida em polêmicas, a deputada já vinha tendo seu nome articulado pelo PSL, o que repercutia negativamente no Congresso com muitos parlamentares se posicionando contra sua indicação. O PSOL apresentou a candidatura da deputada avulsa de Fernanda Melchionna, mas ela foi indeferida pelo deputado Mauro Lopes (MDB), que presidia a votação, justificando que a vaga pertencia ao PSL devido a um acordo entre os líderes dos partidos acertado anteriormente. Melchionna disse que vai recorrer da decisão.
Kicis é uma das defensoras mais ferrenhas do presidente Jair Bolsonaro, sendo investigada no inquérito dos atos antidemocráticos, que apura a participação de parlamentares em protestos com ataques ao Supremo Tribunal Federal (STF), pedindo seu fechamento, a volta do golpe militar, assim como o fechamento do Congresso Nacional.
Outra polêmica envolvendo o nome da deputada é sua atitude frente a pandemia do novo Coronavírus. Kicis se manifestou inúmeras vezes contra o uso de máscaras e questionando as medidas de isolamento social, práticas que são amplamente recomendadas por autoridades sanitárias para combater o avanço da contaminação.
Após tomar posse, Kicis afirmou que pautará sua gestão pelo diálogo e pelo respeito às minorias. Serei uma presidente da CCJ serena, democrática e inclusiva, a fim de zelar pela transparência e pela proporcionalidade garantida pelo nosso Regimento, disse. Todos terão espaço. Tudo dentro da regra da proporcionalidade [partidária], completou.
A eleição para os cargos de 1º, 2º e 3º vice-presidentes da comissão foi adiada em virtude do início da ordem do Dia do Plenário. A data ainda vai ser definida.