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Por Luiz Antonio Mello
Há um bom tempo não via aquele sujeito com uma maquininha na mão aumentando os preços no supermercado. Atualmente a presença da maquininha lembra que a inflação é a praga maior em qualquer país, no Brasil em especial.
O estado brasileiro nasceu sob o signo da corrupção e da incompetência como mostra a História desse belo país eternamente condenado a dar cinco passos para frente e dez para trás.
A inflação, flagelo social e econômico, capaz de levar a ruína qualquer nação, voltou ao noticiário porque, filha predileta da corrupção e da incompetência, ela se aproveita da inércia de uns, da esperteza de outros e, desgraçadamente, enriquece muita gente.
Mesmo a Covid 19, pandemia cruel quase inominável, engordou contas bancárias de muitas e muitas pessoas físicas, jurídicas e agentes públicos que agem no setor de saúde. Afinal, somos, também, a terra da mamata cuja lei é clara: quando começa a morrer muita gente o melhor negócio é abrir funerárias.
A inflação atual divide cama e mesa com a estagnação econômica, o crescimento quase zero da economia. O nome disso é estagflação, terror que assombra qualquer país sério. Explosão descontrolada de preços associada a baixa produção para o mercado interno. O resultado está nas ruas onde o crescimento da miséria é representado por famílias inteiras esmolando ao relento, o desemprego passa de 14 milhões de pessoas.
Desde a crise do petroleo de 1973 os países responsáveis passaram a investir em energia alternativa. No Brasil tivemos o espetacular Próalcool Programa Brasileiro de Álcool criado em 1975 que, com cana plantada aqui no país, nos libertaria a médio prazo dos humores de preços do mercado internacional do petróleo. No entanto, a corrupção e a incompetência enterraram o Proálcool atendendo aos eternos interesses escusos.
Na mesma época, o país ingressava no programa nuclear começando a construir as primeiras usinas de Angra dos Reis que, sozinhas, aos trancos e barrancos, produzem hoje 40% da energia do Estado do Rio e 3% do Brasil. Se tivesse ido em frente o programa nuclear do Brasil teria nos livrado do risco da falta de energia que, hoje, é dramático.
A energia solar surgiu em 1954 quando o engenheiro norte-americano Russell Shoemaker Ohl inventou a primeira célula fotovoltaica após a descoberta do efeito fotovoltaico e dando início à utilização dos painéis solares em 1958. Ou seja, se desde os anos 1970 o Brasil tivesse investido também em energia solar, implantando fazendas de paineis fotovoltáticos, hoje teríamos energia elétrica farta e barata.
Já a energia eólica (vento) é conhecida pelo homem há mais de 3 mil anos. A história da energia eólica começa quando civilizações utilizavam a força do ventos, por meio de cata-ventos, para moer grãos, bombear água e transportar mercadorias em barcos a vela.
Só recentemente empresários brasileiros começaram a dar atenção a energia produzida pelo vento e os resultados no Nordeste tem causado surpresa. De novo, a velha questão: por que o estado brasileiro não investiu nessa matriz há mais tempo? Porque não quis, ou melhor, pagaram para não querer.
Se tivéssemos álcool em abundância, como energia solar, eólica, gás natural e outras fontes alternativas, haveria comsbutível e energia baratos e, claro, inflação quase zerada.
Muito se fala no apagão de 2001 durante o governo de Fernando Henrique Cardoso e, impressionante!, nada foi feito para aumentar a produção de energia mesmo o estado sabendo que as usinas hidrelétricas dependem 100% da chuva.
FHC (8 anos), Lula (8 anos), Dilma (5 anos e meio), Michel Temer (2 anos), Jair Bolsonaro (2 anos e meio), são 25 anos de inércia e vadiagem no setor energético.
Para piorar, não pretendem fazer nada porque todas as medidas tomadas pretendem tapar buracos a começar, claro, pelo estupro no preço da conta de luz causado pelo acionamento de usinas térmicas dos eternos amiguinhos dos governos. Na sequência os apelos de vamos economizar, pelo amor de Deus, mas nenhum plano, nenhum projeto, nenhum anúncio de volta de incentivo ao álcool, ou ao gás natural, energia solar ou eólica. Ao contrário, tememos que para se dar bem em suas negociatas o governo acabe taxando o pouco que existe de energia alternativa.