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Beija Flor "empretece" a Sapucaí
Beija Flor "empretece" a Sapucaí
Foto do autor A Tribuna A Tribuna
Por: A Tribuna Data da Publicação: 23 de abril de 2022FacebookTwitterInstagram

A Beija Flor de Nilópolis trouxe a luta contra o racismo para fechar o primeiro dia de desfiles do Grupo Especial, no início da manhã de sábado (23). A Azul e Branco enalteceu as glórias, conquistas e história do povo preto, com o enredo "Empretecer o pensamento é ouvir a voz da Beija Flor".

A escola de Nilópolis entrou no Sambódromo com o objetivo de voltar a ser campeã. Para isso, o enredo assinado pelo carnavalesco Alexandre Louzada foi desenvolvido com muito luxo, assim como as maiores alegorias do dia em altura. O samba-enredo interpretado por Neguinho da Beija-Flor também foi um importante componente para empolgar a escola e a arquibancada.

Presidente da agremiação, Almir Reis disse que a missão foi cumprida, e ressaltou que o enredo era como se contasse a sua história, e a história dos componentes da escola. O dirigente fez um balanço para A Tribuna, e disse que os jurados poderão ter problemas.

"Cumprimos o tempo, acho que ocorreu tudo bem. Esperar o resultado, o desfile de amanhã, todas as escolas estão muito bem. Não tem amador no Carnaval. Todas as escolas estão fazendo um belo trabalho. Os jurados vão ter trabalho né (risos)", falou.

No entanto, a grandeza dos carros-alegóricos se tornaram problemas. A segunda alegoria, que representava a filosofia negra, teve uma grande complicação na entrada. O Carvalhão se atrapalhou no momento em que iria colocar uma destaque. Todos os integrantes do carro foram retirados as pressas. Por causa disso, um enorme buraco se criou na avenida, e desesperou os diretores de harmonia da escola. O quarto carro também passou por problema parecido, mas neste caso foi com a mecânica da alegoria, que atrasou a entrada no Sambódromo.

Enredo marcou o Sambódromo pela representatividade

Para A Tribuna, o coreógrafo da Comissão de Frente, Marcelo Misalidis destacou a importância da luta antirracista.

"Acho que o público curtiu pra caramba. Porque é uma mensagem muito direta, com relação a uma questão muito importante que não começou com esse enredo e não deve terminar agora. É uma coisa que a a gente tem que lutar para que não seja esquecido nunca", disse.

O pensamento foi compartilhado por Selminha Sorriso, Porta Bandeira da Beija Flor de Nilópolis, que disse que se encontrou neste enredo.

"Muito feliz. A emoção é em dose dupla. Dois anos sem essa maravilhosa Marques de Sapucai, mas valeu a pena hoje. Nossa, me encontrei nesse enredo", disse.

Um dos homenageados pela escola de Nilópolis foi o humorista Hélio De La Peña, que destacou a emoção de fazer parte.

"Veio maravilhosa, a empolgação foi imensa. Todo muito animado com esse enredo sensacional. Me sinto completamente representado por esse enredo. Pra mim é uma honra fazer parte", afirmou.

Victor Andrade e Vitor D'Ávila

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