Wellington Serrano -
A Câmara de Vereadores de São Gonçalo vai fazer uma audiência pública nesta sexta-feira (05), às 15 horas, para debater os problemas do Instituto de Medicina Legal (IML) de Tribobó. O diretor, Alexandre José de Oliveira Pinheiro, enviou ofícios para os comerciantes e já pede ajuda de empresas privadas e da prefeitura.
Ele afirmou que há caos e insalubridade provocados pela falta de limpeza e diz ser impossível continuar o trabalho, caso não encontre parceiros que se comprometam com a manutenção de pessoal e veículos adequados para o transporte de restos mortais.
Fica difícil pensar o município com mais de um milhão de habitantes sem IML, afirmou. A unidade ainda é responsável pelas vizinhas Maricá, Itaboraí, Tanguá, Rio Bonito e Silva Jardim.
Segundo ele, só em São Gonçalo, duas pessoas são assassinadas por dia, sem falar nas mortes naturais ou provocadas por acidentes. A ideia agora é realizar uma audiência pública para cobrarmos uma solução emergencial do governo, disse.
Técnicos de necropsia estão realizando também o serviço de limpeza do local. O mutirão está sendo feito há quase três semanas, depois que funcionários terceirizados foram demitidos, por conta da suspensão do contrato com empresa prestadora do serviço.
Encontramos aqui uma situação de desrespeito. O IML está totalmente desestruturado. Os médicos e funcionários estão trabalhando com muita dificuldade, num grau de estresse permanente, completou um funcionário que não quis se identificar.
Procurada, a Prefeitura de São Gonçalo não se pronunciou até o fechamento da edição de como pretende ajudar.